Que vê na
lucarna?
- Minha morte.
Vá jogar uma moeda, vê se tem melhor sorte.
- Estou estudando as formas de escapar dela.
Então, o que pôde compreender?
- É inevitável.
Bravo!
- E ela não veste manto algum. Nem há foice.
É só uma
invencionice.
- É, vai ver a morte não existe.
É a falta de vida,
cupincha, é a falta de vida.
- Então basta eu acreditar.
Sim!
- Vou pular essa janela e voar ao invés de cair e morrer.
Voe como
Ícaro!
- Voarei!
Pulando a janela rememorou o que via pela lucarna. No fim, não havia se livrado dela. No máximo tinha batido um papo descontraído para distraí-la...