Toda vez que lhe vejo, o coração balança como as folhas de um coqueiro no litoral.
É um sentimento inexplicável, porque há muito nem escuto sua voz.
Pensar em ficar sem o seu sorriso tem sido o mesmo que mergulhar no vazio.
A mesma sensação de fechar os olhos para abraçar a escuridão.
Eu lembro quando pude ter o seu brilho, menina.
A sua luz com a minha luz.
Eu bem queria isto para expurgar as sombras do caminho.
Queria você ao meu lado quando as cortinas abrissem,
para depois finalizar a peça podendo ouvir o seu aplauso.
Entretanto, não a tenho.
Nem a alcanço.
Lá de longe vejo você se aproximando do horizonte. Distante de mim.
Um certo medo me aflige.
Minha mente não aquieta.
Ah, céus. Se eu pudesse voar, buscaria você de volta.