Enervo-me com as parcas paixões.
Quando penso que achei meu futuro,
percebo que o caminho não é seguro,
paro por ali.
Eu queria ter sentimentos,
sair da modorra.
Meu barco, entretanto, não encontra o farol.
Devo estar longe da terra,
perto sim estou da guerra,
da tempestade que habita o ser.
A minha alma é rasgada, vergastada.
São poucos os anos de estrada,
mas dentro de mim moram milênios.
Há um tempo eu sentei na ponta do abismo.
Buscava o pôr-do-sol.
Tudo o que encontro é noite.
Raras estrelas.
Esperança ainda guardo,
pois ainda sinto o pulsar nas minhas veias.
E se vivo estou,
é porque tenho que aprender.
Por amor ou sem amor.
Ontem plantei uma semente.
Não sei se dela terei flor ou fruto,
nem tampouco sei se candor ou luto,
mas a regarei, como rego o meu viver.
Que caia a chuva sem fim.
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