Chega de passos retos.
Que venham as curvas, os novos horizontes.
Pular a morte do meu ser.
Esquecer o féretro que mora no meu peito.
Se eu ficar observando o vazio dos quartos,
o silêncio das cantorias,
encontrarei o ocaso.
O coração não pode se embrutecer.
Amanhã abrirei a porta para o sol nascer.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Confuso
Criei o fogo.
Surgiu o vento.
Caiu a água.
A terra.
O tormento.
O tempo passa pelos meus olhos.
As trombetas tocam sempre para me retirar dos sonhos.
Quero um sol.
Sou vazio.
Enregelo em meus pensamentos.
Surgiu o vento.
Caiu a água.
A terra.
O tormento.
O tempo passa pelos meus olhos.
As trombetas tocam sempre para me retirar dos sonhos.
Quero um sol.
Sou vazio.
Enregelo em meus pensamentos.
domingo, 25 de agosto de 2013
Correnteza
A correnteza não deixou eu ficar.
Por mais que eu quisesse o passado.
Por mais que as lembranças me remetessem ao outrora,
eu não pude.
Ainda olho para o céu e vejo a nuvem plúmbea que teima em relampejar.
Os dias irão passar.
Virão outros fatos.
Vislumbrarei novos caminhos.
A cachoeira virá não sei quando.
Por azar não sei voar.
Por mais que eu quisesse o passado.
Por mais que as lembranças me remetessem ao outrora,
eu não pude.
Ainda olho para o céu e vejo a nuvem plúmbea que teima em relampejar.
Os dias irão passar.
Virão outros fatos.
Vislumbrarei novos caminhos.
A cachoeira virá não sei quando.
Por azar não sei voar.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Rest meines ichs
Escrevo sobre mim mesmo porque me enxergo. Mesmo no silêncio externo, meu coração bate. Às vezes lamento, às vezes sinfonia. Escrevo sobre mim porque tenho pena dos meus pensamentos. Escrevo porque tenho medo. Porque por dentro eu choro, mesmo sorrindo. Escrevo sobre mim para me forçar a acreditar. Para eu mostrar a mim mesmo as palavras que eu teimo em querer esquecer. Em meu âmago, corroo como ácido, renasço como fênix, grito como um animal prestes a enfrentar o ocaso.
Branco
Os dias passam em branco.
Há tempos a caneta não escreve.
O papel permanece imaculado.
Desonra.
O escritor deve escrever.
O escritor deve pensar e sofrer.
As palavras matam.
Três, inclusive, estão encravadas em meu peito.
O sangue escarlate escorre.
A lágrima se derrama,
cai na grama.
Não crescerá nada ali.
A terra é infértil.
Espalhei sementes que não brotarão.
Por favor, cantem uma canção para eu me inspirar.
Todas as horas ouço o som do vento.
Paro, penso, busco decifrar.
Nada surge.
O silêncio sempre chega para me derrubar.
Há tempos a caneta não escreve.
O papel permanece imaculado.
Desonra.
O escritor deve escrever.
O escritor deve pensar e sofrer.
As palavras matam.
Três, inclusive, estão encravadas em meu peito.
O sangue escarlate escorre.
A lágrima se derrama,
cai na grama.
Não crescerá nada ali.
A terra é infértil.
Espalhei sementes que não brotarão.
Por favor, cantem uma canção para eu me inspirar.
Todas as horas ouço o som do vento.
Paro, penso, busco decifrar.
Nada surge.
O silêncio sempre chega para me derrubar.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
'sperança
Fingir que é normal. Aceitar a rotina. Esquecer o sentimento. Não deixarei a avalanche enterrar as lembranças. O calor do coração pode derreter o gelo. Pode manter a fogueira acesa.
domingo, 11 de agosto de 2013
Dúvidas
Tristeza.
Perdi a conta dos suspiros.
Envolto em delírios.
Ouço cantos.
Perco a razão na medida que as horas passam.
Enlouquecerei?
Ou a insanidade do mundo já se apoderou do meu coração?
Perdi a conta dos suspiros.
Envolto em delírios.
Ouço cantos.
Perco a razão na medida que as horas passam.
Enlouquecerei?
Ou a insanidade do mundo já se apoderou do meu coração?
Thorn
Eu passarei a cerca de espinhos.
Continuarei meu caminho,
mesmo que os tambores ousem tocar.
A tristeza tem tentado me abalar.
Acreditar.
Porque a chama permanece acesa.
Meus olhos ainda brilham.
Eu posso lutar.
Continuarei meu caminho,
mesmo que os tambores ousem tocar.
A tristeza tem tentado me abalar.
Acreditar.
Porque a chama permanece acesa.
Meus olhos ainda brilham.
Eu posso lutar.
sábado, 10 de agosto de 2013
Perda
Perda. Eu pensei que era forte. Não sou. Provavelmente nunca serei. Não sou inquebrantável. Não tenho super-poderes. Eu sinto dor. Sou falível. Eu sangro. Tenho um enorme vazio no peito.
Tutuxo
Hoje sonhei contigo, meu nobre amigo. Estava confortável, pronto para dormir, enquanto eu admirava a sua pequena beleza. Acordei com a sensação de que você retornara. Ledo engano. A sua gaiola estava vazia, assim como meu coração. Eu não quero dizer adeus. Espero por um até logo ou por um assobio perdido daqueles que lhe ensinei. Eu vou lhe buscar onde você estiver. Não posso ficar sem meu escudeiro de olhos tão sinceros e vivos. Não posso amanhecer sem teu estribilho. Não sei como continuar.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Vazio
Os dias passaram.
Continuo a só ouvir o barulho do vento.
Sombras.
Estou caçando sombras.
Veja meu coração que sangra em minha mão.
Veja meu tormento que pulsa.
Sou o vazio.
Visto a carapuça.
Não sei se quero ficar.
Continuo a só ouvir o barulho do vento.
Sombras.
Estou caçando sombras.
Veja meu coração que sangra em minha mão.
Veja meu tormento que pulsa.
Sou o vazio.
Visto a carapuça.
Não sei se quero ficar.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Tuxão
As coisas perderam a cor.
Há silêncio.
Coração vazio.
Não ouço seu estribilho.
Se eu pudesse voltar no tempo.
Se eu pudesse.
Ah, se eu pudesse...
Não estaria cantando aqui sozinho para o vento.
Há silêncio.
Coração vazio.
Não ouço seu estribilho.
Se eu pudesse voltar no tempo.
Se eu pudesse.
Ah, se eu pudesse...
Não estaria cantando aqui sozinho para o vento.
Pituxo
Estou sozinho. Há uma luz fraca na sala. Silêncio. Meu peito dói. Meu coração rói meu sentimento. Desiludo a cada hora passada. Não sei se voltarei a pegar a estrada. Por mim, ficaria aqui olhando para o céu, esperando você voltar.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Tuxo
Você resolveu voar.
Conhecer outros cantões.
Em mim deixou a tristeza.
Fiquei preso em furacões.
Queria lhe ver,
falar contigo, meu nobre amigo.
Cantar outra música sem nexo.
Olhar para seus olhos pequenos, tão vivos.
Não sei que mundos busca conquistar,
mas aqui no meu mundo está a fazer falta.
Tenho um buraco na alma.
Uma caverna agora inabitável.
Um coração que bate sem rumo.
Um vazio incomensurável.
Um silêncio vadio.
Um silêncio que corta o meu coração.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Arte
Condenou-se, mesmo estando morto pelo passado.
Com seus olhos secos, viu o mundo escurecer.
Quebrou a aquarela.
Derramou as tintas.
Arremessou os pinceis.
Amargurou-se.
A arte não lhe gerava apreço.
Viraria rocha.
Terra.
Esquecimento.
Com seus olhos secos, viu o mundo escurecer.
Quebrou a aquarela.
Derramou as tintas.
Arremessou os pinceis.
Amargurou-se.
A arte não lhe gerava apreço.
Viraria rocha.
Terra.
Esquecimento.
domingo, 4 de agosto de 2013
Stela
Chorou, sorriu, viveu. Queria morrer. Inexistir. Invisibilidade poderia lhe convir. Condenava o mundo, querendo-o mudo. Provavelmente para deixar sua voz ecoar músicas tristes. O passado fora claro como uma estrela no ápice da escuridão. O presente era agora um vão. Um coração vazio de esperanças.
Vi e não acreditei
Vi-me em um sonho.
Irreal?
Vagueio, desejando acreditar no concreto.
Inexiste a possibilidade do amor?
Não. Assim como o ar, não vivo sem amar, sem desejar eternas poesias.
Irreal?
Vagueio, desejando acreditar no concreto.
Inexiste a possibilidade do amor?
Não. Assim como o ar, não vivo sem amar, sem desejar eternas poesias.
Quê
O que me trará o tempo?
Por enquanto, só espera.
Fico à janela, aguardando as horas passarem.
Vejo a forma das nuvens, observo a lua querendo sorrir.
A bonança deve estar por vir.
Pegarei uma cadeira para admirar todo o infinito.
Por enquanto, só espera.
Fico à janela, aguardando as horas passarem.
Vejo a forma das nuvens, observo a lua querendo sorrir.
A bonança deve estar por vir.
Pegarei uma cadeira para admirar todo o infinito.
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