segunda-feira, 23 de abril de 2018

IN finito

Não me obrigue a negar a beleza da lua.
Do coração que pousa leve na alma tua.
E faz brilhar qualquer pensamento.

Estou farto de pequenos contentamentos.
De fagulhas que não vingam.
De sementes que não brotam flor.

Se alguém conhece do amor,
que se apegue.
Não negue.
Nem deixe voar.
Porque o céu não é dos homens.

E se não temos o céu,
ao menos que na terra a gente o reproduza.
Em olhares.
Sorrisos.
E danças intermináveis.

Que o infinito seja o momento que dure.

domingo, 22 de abril de 2018

Céus

Eu te achei doce,
como pastel de brigadeiro.
Como o céu em fim de tarde.
Como a poesia escrita para um grande amor.

Eu te achei doce,
como teu olhar.
Como teu jeito de levar a vida.

E agora me sinto leve.
Não tem peso que pese.
Vem, me faz voar.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Sabiá?

Sabia.

Sabia?

Que o sabiá cantou na janela e clareou o sol?

Que o peixe se jogou no anzol, mas não morreu?

Que o coração bateu, mas não vibrou?

Sabia?

Um iceberg quebra,
assim como os sonhos.

Mas somos nós os maiores enganos.

Poesias que nunca se soube.
Luzes que nunca acenderam.

Vem bailar comigo enquanto é cedo.

Pois, amanhã não será mais.

Vem cantar aqui.

Deixa o tempo ir.

Deixa a vida seguir, enquanto os segundos tratarem de parar no momento do olhar.

Do silêncio.

Do beijo incerto.

E do sorriso oportuno.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Não se preocupe

Não se preocupe, meu bem.
O amanhã há de ser meu.
Nosso.
Dança colada.
Corpos nos corpos.
Sonhos e pescarias.
Ousadias.
Sintonia.
Olhares cruzados.
Mentes cheias.
Copos vazios.
Corações vadios.
Poesias em cada corredor.