segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Eu não queria

Eu não queria,
mas a escuridão me abraçou.
E ao invés de ver estrelas,
eu vi a ausência de cor.
Logo, a dor,
o sufocamento.
Meus olhos não sabiam onde pousar.
Porque não há farol nestas terras longínquas.
Só mar.
Nada de amar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Bati a porta

Hoje bati a porta.
Não te vi sorrir.
Hoje bati a porta.
Senti o coração cair.
Não vi o porvir.
Hoje bati a porta.
E foi forte.
Fiquei sem norte.
Resolvi me perder para poder me reencontrar.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Chega

Que a luz dos seus olhos ilumine cada flor do meu campo.
Que seu sorriso cale meu pranto.
E que seu amor silencie minha dor.
De saudade.
Dá saudade pensar em você.
Lembro logo o infinito.
Calo a imaginação,
se não eu grito,
pedindo para você chegar.

domingo, 29 de novembro de 2015

Não nego

Não nego.
Às vezes a amargura me assalta o peito.
Leva os bons sentimentos.
Fico lamuriando.
Olhando para o vento,
esperando que o tempo passe.
Ai de mim se eu pudesse catar todas as estrelas.
Para fazer brilhar o meu canto.
E dar luz pras gotas que caem do meu pranto,
para transformar em cristais antes de beijar o solo deserto.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Próprio mundo

Se temos mares para enfrentar, sejamos barcos.
Não aceitemos a parca migalha.
Temos o mundo inteiro para construir o nosso próprio mundo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Par tir

Eu vou partir para achar o significado do pranto.
Pra ver outras formas de sorrir.
Subir montanhas que não subi.
Navegar pelos mares revoltos.
Nesse mar de loucos temos que persistir.
Porque se deixarmos, o grito abafa.
E a vida cessa.
Ninguém saberá do porvir.

domingo, 8 de novembro de 2015

Na noite

O que escrever na escuridão?
Luz?
Talvez se eu usar o rastro da estrela,
terei uma noite para me inspirar.
Ao som das serenatas dos apaixonados que não deixaram de acreditar no amor.
E uma sacada qualquer, há um coração esperando,
enquanto outro planeja um jeito de chegar.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Fini

Quando o amor acaba,
o verso dito não significa nada.
É palavra levada pelo vento.

Quando o amor acaba,
no peito não se planta,
árido terreno espanta toda forma de existência.

Quando o amor acaba,
resta o leito,
e algumas sementes a plantar.
Reconstruir o jardim.
Esperar a próxima temporada vingar.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Conquista

Queria construção.
Chegar ao céu.
Viver pelo amor.
Afastar-me da dor.
Colher gotas de paz.

Eu sou capaz de sorrir.
É preciso seguir.
E não viver do nada mais.

Canto para afastar a nuvem nefanda.
Antes que a esperança sufoque
e os sonhos queimem ao léu.

Antes que eu mesmo não me reconheça no espelho.
Perdendo a identidade que tanto lutei para conquistar.

Seca

Não tenho seca nos meus olhos.
Choro com medo do porvir.
Choro, porque sigo o coração,
ferido,
louco.
Eu não sou pouco,
mas me reduzo a quase nada.
Solto chances que são levadas pelo vento.
O pensamento carrega tormento.
Seguro a corda,
mas não acho sustento.

Cadê a luz que estava aqui?

Eu não sei por onde ir.
Nem tenho caminho mais.
Quem ler a alma me chamará de pobre rapaz.
Sou incapaz de contestar.
Eu fui ingênuo,
só queria paz.

Hoje estou aqui quedado.
Com uma lança em meu peito.
Perdi meu respeito.
Desfarelando-me como estátua de areia ao relento.

Eu só peço, meu deus, um alento.
Uma escada e uma estrela cadente.
Pra ver se de repente eu venço o sentimento ruim.

sábado, 24 de outubro de 2015

Estrada

Se eu clamo por teu canto é porque estou perdendo o encanto e tenho medo do porvir. Não quero voltar para a escuridão do poço. Nem posso. Tenho uma estrada de luz para seguir.

sábado, 17 de outubro de 2015

domingo, 30 de agosto de 2015

Coragem no amor

Se procura coragem no amor.
Antes pare, veja a sua cor.
Risada gostosa.
Alma lavada.
Hiato da vida, não deixe sumir teu esplendor.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Felicidade

A vida impõe caminhos
e cabe a nós o caminhar.
Seguindo o rumo que o nariz apontar.
Chorando,
Sorrindo,
Amando,
Cantando o bom do que plantar.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

De tudo, o nada.

A esperança às vezes some do campo de visão.
Os caminhos se turvam.
A mente opera o não.
As estrelas deixam de emitir brilho.
O céu fica opaco.
Os sonhos são todos parcos.
Poesia desbota junto com a chuva.
Outros reclamam de tantas curvas.
E assim a vida segue.
Até que a felicidade se negue a aceitar tal imposição.

domingo, 2 de agosto de 2015

Ocaso

Já passei por muitas portas.
Algumas janelas.
Despedacei sonhos.
Queimei pretensões.
Perdi as contas.
Sou o passado e o presente olhando de soslaio o futuro.
Não há lugar seguro.
Há percurso.
Construção diária.
A intensa procura pela luz que vai extirpar o escuro.

Liberdade

Como uma brisa sente o futuro.
Hoje, para ti, não há lugar escuro.
Amanhece a cada sorriso seu.
Nada a supera.
Te esperam na janela,
Aguardando para voar.
Longe, até onde o horizonte te levar.

Venha

Uma hora a gente se encontra.
No céu.
No sol.
Ao léu.
Juntando as duas poesias.
Molhando o cenho com a água fria.
Acordando a melodia da terra.
Chega de guerra.
Que venha a paz.

sábado, 1 de agosto de 2015

Velejar

Quanta ventania incerta.
Não era a meta que o barco tinha ao velejar.
Tanto mar.
Nenhuma areia para explorar.
E se as estrelas sumiram.
O céu limpo não vai me inspirar

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Senão

Desanima não.
Cerra as mãos.
Segura a areia do chão.
Levanta teu cenho.
Vibra junto com o coração.
Porque tua alma é leve.
A vida é breve.
Não vamos morrer por um senão.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Querubim

Quanta angústia em meu peito,
nem sei direito mais o que é ser sonhador.
Eu beijo a dor e a poesia.
Enregelo meu corpo na água fria.
Perco o calor.

E a vida vai passando.
As datas vão voando.
Mas eu não vôo,
esqueci.

Não importa quantas estrelas tenha,
o céu não me inspira o porvir.
E nem música alguma me tira de mim.

Quem dera viesse uma chuva lavar esta alma.
Trazer de novo a calma.
Deixar-me livre como um querubim.

terça-feira, 21 de julho de 2015

O que dizer?

O que dizer a deus?
O que dizer, adeus?
Quando a mente não funciona,
o coração sangra,
os olhos não se enebriam mais,
deixam o ser humano incapaz.

Enquanto o silêncio não diz nada,
vara o homem por madrugadas em busca da paz.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Vira a esquina

Há um vácuo onde antes existia o coração.
Terra deserta.
Não sobrou nem oração.
Os passos dados se perderam em outra direção.
Hoje não se escuta a música e a poesia que por tantas vezes iluminou este cantão.
Será que o tempo vai ocultar este momento? Sarando a dor desta canção?
Virá um frio ou uma brisa leve, acalmando este senão?

- Aquieta o peito, menino.
Vira a esquina.
Não aceita a sina de sofredor.
Não se deixe morrer por amor.
Não perca a cor.
Pinte outra folha em branco,
com esperança e pranto.
Plante uma nova flor.
A aridez do terreno logo passa.
A chuva vem lavar a terra depois da desgraça,
para do solo brotar o futuro,
tirando teus olhos do escuro,
te levando à luz do esplendor.
Logo estará voando com os outros,
forte como poucos,
não menos sonhador.

- Aquieta o peito, menino.
Não desanima.
Aceita a valsa,
procura a rima.
Verá ainda tudo por cima,
como um belo vencedor...

domingo, 19 de julho de 2015

Erro

Que todo erro seja uma ferramenta de acerto futuro.
Porque cair e ficar no escuro não convém.
Até as ondas do mar vão e vêm.
Até o céu de anil some,
dando lugar à noite.
Madrugada e o frio que enregela os sonhos.
Para depois os primeiros raios de sol atingirem os olhos,
acordando as pretensões,
dando razão à existência e à chance de transformar o malogro em flor que faz sorrir.

Azo

Dentre tantas histórias,
memórias.
Ô vida velha louca senhora,
trata de parar de jogar os dados.
Esta álea não pode dar azo para o descompasso.
Não posso perder o prumo.
Tenho um rumo a seguir.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Saudade

Hoje faz frio e não encontro a tua presença.
Hoje faz frio e o lençol não me esquenta.
Coração que bate.
Bate querendo te ver.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Farol

As juras de amor não se apagam com o tempo.
Os sonhos não são vendaval.
Meus olhos ainda brilham.
Esperam um sinal.

domingo, 12 de julho de 2015

Réquiem

Silêncio.
Só o silêncio.
O silêncio e uma brisa.
A solidão e o silêncio.
A ânsia se transformou em dormência.
Meus olhos não acreditam no que vêem.
Meu coração bate um réquiem.
Só eu escuto.
E não gosto.

Porta

Feche a porta.
Deixe que as sombras me abracem e levem minha humanidade.
Hoje talvez serei fragmento.
Amanhã, com o primeiro raio do amanhecer, poderei ver se os meus olhos ainda brilham.

sábado, 11 de julho de 2015

Morro

Morro aos poucos na espera.
Estou na janela buscando ver a estrela cadente passar.
Para iluminar a noite.
Fazer o que o meu coração desejar.
Um pedido de calmaria.
Uma carta, uma poesia.
Uma simples jogada de olhar.

Suspiro

Não tenho inspiração para escrever nada.
Tenho só a alma e
uma esperança sonhada.
De dia, a luz me faz enxergar os caminhos.
De noite, o véu de estrelas me cobre,
buscando aquietar a solidão.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Talvez

Impotência, talvez.
Tristeza, talvez.
Talvez medo.
Tudo maximizado.
Pensamento desorganizado.
Flutuo sempre para outro lugar.
Distancio-me daqui.

domingo, 5 de julho de 2015

Demônios

E ele ficou com seus demônios e medos.
Morando na pousada do desassossego.

Às vezes se senta no horizonte esperando o sol nascer.
Mas é noite.
Faz frio.
E as estrelas não brilham.

Torce para que sua existência não sucumba.
Para provar a si mesmo que o mundo que lhe fora prometido não está perdido.

sábado, 4 de julho de 2015

Espera

Se saudade tivesse uma forma,
seria a sua.
Colorida com a esperança.
De mão a mão com a lembrança do beijo seu.
Queria acreditar que o tempo urge.
Mas longo caminhar ainda há.
Estou aqui no horizonte,
esperando você chegar.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Saudade

A ausência traz reticências.
Promove encontro com a solidão.
Fica na mente o sorriso,
a luz,
a esperança no coração.
Que os dias de distância sejam carregados pelo vento,
enquanto o pensamento em ti me mantém são.

domingo, 21 de junho de 2015

Só rir

Um sorriso constrói.
Pinta uma folha inteira.
Livra o povo de pensar asneira
e põe cheiro de flor em toda a cor.

Um sorriso traz a lágrima que brota a semente.
O sorriso mostra a alma.
Revela os dentes.
Traz o puro do ser.
Devolve o sonhar.
Faz criança acreditar que pode voar.

domingo, 26 de abril de 2015

Vadio

Não me deixe partir.
Escreva comigo a história que há de vir.
Porque meu sorriso é tão belo contigo.
O abraço que me dá é o melhor abrigo.
Acalenta-me.
Afasta-me do frio.
Não sinto mais o meu coração vadio,
mendigando esperança e vivendo de lembrança em meio a suspiros.

Longe

Não gosto de viver nas sombras.
Procuro a luz.
Porque só o calor me mantém vivo.
Aquecendo meu coração.
Livrando-me do pensamento frio e degradante.
Não respiro só para ser um livro na estante.
Sou uma poesia escrita todos os dias.
Uma poesia sem ponto final.
Um texto às vezes vago, sem idéias.
Outras horas, viajante.
Se uma hora estou aqui.
No segundo instante estarei distante.
Lutando contra meus próprios dragões.
Engolindo as minhas próprias palavras.


Quebra-cabeça

Eu cai.
Quantas vezes não sei.
Eu perdi.
Incontáveis batalhas.
Hoje estou aqui.
Carregando as melhores cicatrizes.
E os mais trabalhados fragmentos.
Que não se encaixam.
Pois sou um incompleto.
E assim o serei até que a morte beije o meu cenho.

Talvez você nunca entenda.
Seu amor não é uma prenda,
é delírio.
É suspiro.
É como beijar o céu.
Saborear o mel.
Sonhar acordado.

Far beyond the sun

Pegue minha mão.
Não me deixe ir.
A próxima dança pode lhe trazer o brilho no olhar.
A paixão se foi.
Restou o fragmento que cada um carrega no peito.
Mas se há luz, há reflexo.
Soltemo-nos das sombras e procuremos a luz.

terça-feira, 17 de março de 2015

Vislumbre

Quando acaba o vislumbre e o espelho quebra mostrando a realidade,
a vida permite que a gente se assombre
Ou sopre com o vento para continuar voando por toda a eternidade...

terça-feira, 3 de março de 2015

Se você

Se você encostar aqui.
Hei de convir.
Que o mundo será meu.
Você e eu.
Uma melodia infinita.
Daquelas que até a alma grita.
Feliz, como o sonho concreto,
como um sorriso indiscreto.
Eu sou.

Felicidade.
É a calma dos olhos.
O brilho do sol.
O amor que pega como anzol.

Hoje eu vivo no sonho.
Entre nuvens e clarões.
Tenho o céu para explorar.
Todas as estrelas para lhe dar.

Suspirar.
Abraçar o teu corpo.
Apagar os incêndios da rotina.
Sim, tua presença me nina.
Menina dos olhos meus.

Se você encostar aqui.
Hei de convir.
Que o mundo será meu.
Você e eu.
A história mais bonita.
Que agita os nossos corações.




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Vem cá, amor.

Se eu ficar,
não poderei deixar o mundo se descolorir.
Porque viver sem cor extingue o porvir.
Eu não posso deixar de acreditar no amor.
Não serei escravo da dor.
Tenho planos.
Sonhos que saltam o campo abstrato.
Não vivo por meros rabiscos.
Não respiro por promessas vãs.
Eu luto pelo que acredito.
E morro cada dia pelo direito de manter o meu grito.
Não quero uma bravata.
Quero campos e sossego.
Construir a casa sem muros.
Viver a paz dos dias vindouros.
Esperando apenas o vento resolver me levar.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Nada

As consequências do vindouro,
imprevisíveis,
são estouro.
E deixam marcas.
Marcas que não simbolizam a paz.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Gira sol

Péssima noite.
A escuridão tomou o lugar da luz.
Os sonhos são pesadelos.
Tenho ouro em minhas mãos.
Ouro que não reluz.
De que adiantam os verdes campos se não posso vê-los?
O que está à minha frente é turvo.
Para trás, um buraco negro que há pouco levou o meu passado.
Queria que amanhecesse.
Para ver o sol e as nuvens brancas.
Sorrir como crianças admirada pela movimentação dos girassóis.