quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Até o futuro



Até o futuro, meu bem.
A espero na esquina.
Até o futuro, meu bem.
É nossa sina.
Até o futuro, meu bem.
Caminhe comigo
Até o futuro, meu bem.
Deixa seu coração ser meu abrigo.
Até o futuro, meu bem.
Pinta meu mundo.
Até o futuro, meu bem.
Onde o futuro, o passado e o presente não irão importar.
Pois terei seu olhar e sua voz.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Questionamentos

Em que momento a alegria morreu?
Em que momento a cor cedeu para o monocromático?
Corações opacos.
Sorrisos tímidos.
Palavras afiadas que nos matam.
O que nos faz seguir em frente mesmo remendados?
Talvez aquela esperança vã de mudar junto com o amanhecer.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A morte dos meus versos

Cada dia que passa, a mente fica mais trôpega.
Caçando rimas que somem como fantasmas no alvorecer.
Menos razões para embevecer.
Porque o meu olhar secou, junto com a última lágrima que escapou de meus olhos.
É um deserto o coração.
Rachado.
Nada floresce.
Nem abelhas, nem pólen.
Nem mel.
Porque o doce não mais habita minha mente.
Nem minhas idéias.
Tenho perdido meu tempo caçando estrelas cadentes.
Realizando pedidos infundados.
Torcendo para o sol iluminar a esperança que repousa dentro de mim.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Balões

Que os balões voem, como os corações mais apaixonados.
Como as mentes que não param de sonhar,
quase atingindo o espaço infinito.

Que os balões voem e levem com eles as preocupações,
deixando a nós apenas o céu e o seu imenso azul.

Que os balões voem,
para que nós aqui que pisamos na terra saibamos que é possível voar,
mas que lembremos que há sempre um ponto de partida e outro para chegar.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Fugi

Eu fugi da linha.
Cansei.
Aceitei a sina.
Falei.
Valsei sozinho.
Tombei.
E senti o solo que eu tinha deixado de pisar,
por querer voar demais,
por sonhar sem âncora,
por navegar sem bússola.


Matei.
Um pouco de mim.
Não sei.
Se será o fim.
Pensei.
Que o amanhecer poderia mudar o que sinto.
Me enganei.
Porque o amanhã não tem poderes.
E o hoje é vazio pelo excesso de ontem.
Pelas sementes que não soube cuidar.
Por ter apostado em vasos errados.
Em épocas erradas.
Em direcionar poesias que não seriam capazes de abrir qualquer coração.

Poesia



Não me destrone.
Não me cause dor.
Não gosto do sabor da terra.
Nem quero guerra.
Eu só quero o seu amor.

Venha,
dance comigo.
Sonhe os meus sonhos.
Perca-se nos mesmos eflúvios.
Toque os meus olhos com o seu melhor olhar.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

De volta

Toda vez que lhe vejo, o coração balança como as folhas de um coqueiro no litoral.
É um sentimento inexplicável, porque há muito nem escuto sua voz.
Pensar em ficar sem o seu sorriso tem sido o mesmo que mergulhar no vazio.
A mesma sensação de fechar os olhos para abraçar a escuridão.

Eu lembro quando pude ter o seu brilho, menina.
A sua luz com a minha luz.
Eu bem queria isto para expurgar as sombras do caminho.

Queria você ao meu lado quando as cortinas abrissem,
para depois finalizar a peça podendo ouvir o seu aplauso.
Entretanto, não a tenho.
Nem a alcanço.


Lá de longe vejo você se aproximando do horizonte. Distante de mim.
Um certo medo me aflige.
Minha mente não aquieta.
Ah, céus. Se eu pudesse voar, buscaria você de volta.