sábado, 28 de dezembro de 2013
Cá
Abraça os teus sonhos,
Munida de um sorriso ou mais.
Infalível, caminha rumo ao infinito.
Lançando seu grito
Andando em busca da paz.
Onda
É engraçado, ele não tem cor.
Só minha imaginação pode ver.
As horas não se definem.
Às vezes é o crepúsculo matutino,
às vezes o ocaso vespertino,
o descaso,
O silêncio.
Ontem pisei no campo das ilusões.
Senti o olor das flores.
Vi o dia passar junto com as nuvens carregadas pelo vento.
Quantas mudanças,
esperanças em vão.
esperanças se vão.
Como as ondas do mar.
Como o medo de amar.
No final das contas, por detrás de toda armadura há um coração.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Voltas
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Abrigo
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Reconstrução
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Remendo
corri com o vento.
Deixei para trás o pensamento enevoado.
Os sonhos.
Livrei-me de mim mesmo.
Reconstruí-me de outras metades.
Hoje sou um ser de coração de pano,
remendado com diversos tipos de amor.
domingo, 15 de dezembro de 2013
Essência
guarde-a,
regue-a.
Não chore pela vida breve que ela carrega.
Porque nós também somos breves.
Num piscar, perdemos a infância.
Num esgar, a adolescência.
Na rotina, o resto de nossa essência.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Recriar
Opaco
Deixou escapar tua luz,
o teu barco,
o teu farol.
Teus olhos não possuem o mesmo brilho.
Ao contrário, trazem a opacidade mais profunda.
Te estenderam a mão.
Tentaram te distanciar do lado escuro da lua.
Tu resolveste ficar.
Agora já há tanta neblina.
Os que caminham devem continuar.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Parfum
perdendo-se da minha vista.
Não acompanhei teus passos,
embora quisesse.
Hoje não sei do teu futuro.
Busco esquecer o passado,
sigo o meu caminho.
É bem verdade que às vezes desatino,
sonhando sonhos que não posso mais sonhar.
Abraçando perfumes que não são teus.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Ventania
que não encherão seu coração, nem inebriarão sua alma.
domingo, 24 de novembro de 2013
O palhaço do circo sozinho
Seu circo tem lona furada.
Ele não quer pegar a estrada,
deixar o seu lugar.
Tem que construir,
tem que operar.
Fazer sorrir,
sumir com o chorar.
Há uma lenda que o palhaço assopra a tempestade.
Abraça o sol com vaidade,
mas se queima ao tentar.
Quantas vidas se perdem.
Quantos sorrisos se esvaem como a areia na ampulheta.
E ainda sim o palhaço dá pirueta,
canta, sem saber cantar.
É que tem mania de achar que seu nariz aponta o norte,
mesmo que o coração queira ficar.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Desassossego
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Mar
Amansa a terra com leves ondas.
Regenera a alma.
Ilha a modorra.
Amanhece sentimentos.
Noites, só com lua cheia.
Alumiando o bom viver.
domingo, 17 de novembro de 2013
Dos pensamentos
Toda esquina é uma esperança, menina.
Não há motivos para parar a dança.
Já cheguei na idade de saber que posso construir outros caminhos.
Não obliterar é uma opção.
Não sou cinzas para ser jogado ao vento.
Becos
Da vaidade e seus pormenores
Eu sou vaidade.
Posso ser balão,
posso ser maldade.
Na estrada, derrubo os que não prezo.
E os que prezo, deixo vivos por conveniência.
Ontem matei uma virtude.
Derrubei um homem são.
Ceguei um ser carregado de paixão.
E assim me faço,
enterrando passados que não são meus,
esbravejando a cultura do desconexo,
para eu poder imperar no meu reino dos fariseus.
O balanço
enquanto o mundo vai para frente e para trás.
Me despreocupo se vem torrente ou um sol de beleza tenaz.
Ah, bela infância!
Não entendo porque me deixou.
Do meu lado restou a imaginação,
ainda que viva nesse mundo de responsabilidades.
Por isso, tenha a hombridade de pelo menos visitar meus sonhos.
sábado, 16 de novembro de 2013
Catavento
Em momentos, inexiste,
distancia-se dos meus cataventos.
Não se guia pelo meu farol,
ao contrário,
volta-se para os mares revoltos.
Some com a névoa.
Eu não içarei as velas.
Não busco mais aventuras.
Sou da calma.
Quero paz.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Mendigar
Sem ela, as estrelas esmaecem.
O tempo empobrece.
E eu fico aqui mendigando um sorrir.
domingo, 10 de novembro de 2013
Left behind
domingo, 3 de novembro de 2013
Riso frouxo
O céu eu limpo com um assopro.
Que caia a chuva em outros cantões.
De longe vejo o amor bailar com os furacões.
Falta a mim saber voar.
Porque de sonhar já basta.
Chega de abstratos, não enchem a mesa, nem matam a fome.
Quero achar a fonte de um novo viver.
Efêmero
sábado, 2 de novembro de 2013
All things must pass
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Peito
Eu abro meu peito. Você corre com o vento. Fico aqui parado, esperando o momento de acreditar novamente no intento. Muitas vezes me perco em pensamento. Emudecido pela vida, rezo para os deuses que ninguém reconhece. Não sei decorada nenhuma prece, mas clamo para que algum anjo venha buscar a minha dor. Retirar de mim a falta de amor. Não posso viver aqui com o peso nos ombros. Ignorar o presente. Quero a chave da masmorra. Pontes que me levem até o âmago teu. Um sonho bom, por favor.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Luz
Sou daqueles que busca olhar o horizonte. Sabendo que, para tanto, ali não haverá fim. Infinito, como o tempo, não obstante a finitude da vida, que suga do peito a juventude, o brio e as bravatas. Emudecemo-nos, até que a terra nos cale para sempre. Um convite indecente para virarmos semente que não irá brotar. Por isso não suporto o silêncio. É quase como um estorvo de ausência. É como a brisa errante nesse leva e trás.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Escuro
Logo, eu começo a voar.
Acordo, abrolhos.
Continua escuro.
Lá fora da janela não existe novidade.
Só as parcas luzes da cidade.
E eu aqui beijando a solidão.
Amargurando o senão.
Obliterando juntamente com a esperança.
Meu pensamento começou uma dança,
mesmo sem música para tocar.
Âmago
Onde um segundo destrói um coração.
Onde uma oração não atinge o âmago da alma.
Hoje vi o sol nascer.
A madrugada alumiou.
Nem imagino quanta semente brotou em meu ser.
domingo, 27 de outubro de 2013
Fragmentos
Quebrou o céu.
O sol.
Logo, o nada.
Poeira.
Leva o vento.
Sopra o desalento.
Não desconstrói meu cais.
sábado, 26 de outubro de 2013
A simplicidade de uma flor
Eu queria me inspirar.
Pintar um quadro com o que eu consigo olhar.
O horizonte, o céu,
o espaço, o infinito.
Meu pensamento é um labirinto,
mas um bom sorriso faz eu me achar.
Olha a beleza da flor.
Olha! A beleza da flor.
Mesmo com espinhos,
ainda transmite o amor.
Eu perdi a ingenuidade da criança.
Entrei na vida conforme a dança,
mesmo sem saber dançar.
E, se perguntam onde anda a esperança,
a minha mão não alcança,
mas não deixo de acreditar.
Olha a beleza da flor.
Olha! A beleza da flor.
Mesmo com espinhos,
ainda faz brotar o amor.
Sei que não devo deixar de sonhar.
Um coração perdido ainda pode se apaixonar.
Por uns tempos fui rendido pela modorra.
Hoje eu quero que o mau sentimento morra
e eu reaprenda a caminhar.
*música: The Scene - Wim Mertens
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Será?
Flor
vem perfumar meus campos áridos.
Cansei de olhares pálidos
e de parcas paixões.
Quero o candor que teu sorriso pode trazer ao meu.
Porque o caminhar sozinho perde a graça.
É como sentar na praça e não pensar nos olhos teus.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Rise up
Universo
Il silencio
Perco-me em pensamentos.
Sou levado para longe daqui.
Quero caminhar por ti,
mas não sei ao certo.
Eu não desejo muros de concreto.
Busco pontes que me levem até a verdade.
Não deixemos o sonho morrer com a idade.
Tenho um coração que precisa acreditar.
Pelo fio
Por horas vejo o horizonte.
Em momento diverso, o solo, a terra seca.
Quando chove, deixo molhar o cenho.
Volto a acreditar.
Por pouco.
Sou quase louco.
Pelo fim.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Dez em canto
Vive só de pranto.
O seu mundo é submerso.
O sol distante.
A água não tratará de secar sozinha.
Onde estará a saída?
Uma passagem só de ida para qualquer lugar.
domingo, 20 de outubro de 2013
Conquista
sábado, 19 de outubro de 2013
Mundo
Há tempo não tenho o coração apaixonado
e cantando amor febril.
Pelo contrário,
tenho achado o amor um sentimento vil.
Desacreditado, escrevo sem destino, solto palavras ao vento.
Não sei em que momento lerão os meus pensamentos,
para me resgatar da modorra e do abismo profundo.
Eu bem queria ver o lado clarividente do mundo,
mas da lucarna eu só vejo parca luz solar.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Dreamland
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Pássaro
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Sorrir
Sou capaz.
Um sorrir.
Logo, tudo mais.
Hoje até lua me despende um sorriso.
Hoje até a rua me tira de dentro de mim.
Quero somente a chuva para lavar esta alma suja.
Novos ventos irão me levar para o turbilhão onde o coração bate sem reservas,
sem silêncios.
Espera
Singelo, porém salutar.
Prescindir do pedir, amar por amar.
Escapar da noite,
Raiar com o sol.
Andar sem medo.
Não quero quadros monocromáticos.
Coração pulsante eu almejo.
A cada passo sonhar e suspirar.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Ando
Há tempos fico perdido no limiar da loucura e da sanidade.
Pouco importa o sol, as nuvens, o coração que bate.
Perdido.
Eu vejo névoas por todos os lados.
Em mim, uma selva impenetrável.
Não aguento mais o silêncio e a pouca esperança no porvir.
Encherei um balão, voarei daqui.
Talvez ver a terra de longe me dê sede de querer pousar.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Voe
Fix
Quero a infância.
O passado que deixei escapar.
Estava na minha mão,
mas quis voar.
Poderei sonhar?
Ou viverei empedernido.
Morrendo, sofrido, até por completo me amargurar.
domingo, 6 de outubro de 2013
Loucura
Quando penso que achei meu futuro,
percebo que o caminho não é seguro,
paro por ali.
Eu queria ter sentimentos,
sair da modorra.
Meu barco, entretanto, não encontra o farol.
Devo estar longe da terra,
perto sim estou da guerra,
da tempestade que habita o ser.
A minha alma é rasgada, vergastada.
São poucos os anos de estrada,
mas dentro de mim moram milênios.
Há um tempo eu sentei na ponta do abismo.
Buscava o pôr-do-sol.
Tudo o que encontro é noite.
Raras estrelas.
Esperança ainda guardo,
pois ainda sinto o pulsar nas minhas veias.
E se vivo estou,
é porque tenho que aprender.
Por amor ou sem amor.
Ontem plantei uma semente.
Não sei se dela terei flor ou fruto,
nem tampouco sei se candor ou luto,
mas a regarei, como rego o meu viver.
Que caia a chuva sem fim.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Devagar
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Rest meines ichs
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Dissonante
Tenho medo.
Medo do futuro, da esquina, da rotina que se revela ao nascer do sol.
Desconstruíram-me.
Jogado no átrio, no fogo, na vida.
Há tempos a minha música desafina.
Quebrei todas as cordas do meu violão.
Sentir amor ou paixão quiçá somente em sonho.
Que a chuva me leve a modorra de tentar.
Que a chuva me lave a alma corroída pelo pesar.
Amanhã alcançarei a plenitude ou morrerei procurando a virtude, enterrado em vícios que me fazer sufocar.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Ventania II
Trovão
O abismo não traz medo.
Voarei atrás da minha obsessão.
Conquistarei o céu, a terra, o trovão.
Deus de mim mesmo.
Em minha mão, carrego agora o meu coração.
Blind Guardian
Não há campo de batalha.
Aqui as cinzas são só cinzas.
As guerras já foram vencidas.
Os tronos, preenchidos.
Meu nome, amaldiçoado.
Há tempos a noite caiu de modo sempiterno.
A cada passo, a floresta fecha,
o silêncio consome a vida
e o ser se despedaça até se descaracterizar.
domingo, 22 de setembro de 2013
Devagar
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Poeta
Perguntas
domingo, 15 de setembro de 2013
Tormenta
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Uni
Devagar são
Levou minha alma.
Distancio-me da realidade.
Piso em mares.
Como nuvens de algodão.
Abstrato.
O mundo não tem razão.
domingo, 1 de setembro de 2013
Hurt
Chão
Na mente, o esquecimento.
O vazio.
Quantos delírios haviam se perdido.
Quantos sonhos silenciados.
Olhos marejados que perderiam o horizonte no segundo seguinte.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Caminhada
Que venham as curvas, os novos horizontes.
Pular a morte do meu ser.
Esquecer o féretro que mora no meu peito.
Se eu ficar observando o vazio dos quartos,
o silêncio das cantorias,
encontrarei o ocaso.
O coração não pode se embrutecer.
Amanhã abrirei a porta para o sol nascer.
Confuso
Surgiu o vento.
Caiu a água.
A terra.
O tormento.
O tempo passa pelos meus olhos.
As trombetas tocam sempre para me retirar dos sonhos.
Quero um sol.
Sou vazio.
Enregelo em meus pensamentos.
domingo, 25 de agosto de 2013
Correnteza
Por mais que eu quisesse o passado.
Por mais que as lembranças me remetessem ao outrora,
eu não pude.
Ainda olho para o céu e vejo a nuvem plúmbea que teima em relampejar.
Os dias irão passar.
Virão outros fatos.
Vislumbrarei novos caminhos.
A cachoeira virá não sei quando.
Por azar não sei voar.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Rest meines ichs
Branco
Há tempos a caneta não escreve.
O papel permanece imaculado.
Desonra.
O escritor deve escrever.
O escritor deve pensar e sofrer.
As palavras matam.
Três, inclusive, estão encravadas em meu peito.
O sangue escarlate escorre.
A lágrima se derrama,
cai na grama.
Não crescerá nada ali.
A terra é infértil.
Espalhei sementes que não brotarão.
Por favor, cantem uma canção para eu me inspirar.
Todas as horas ouço o som do vento.
Paro, penso, busco decifrar.
Nada surge.
O silêncio sempre chega para me derrubar.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
'sperança
domingo, 11 de agosto de 2013
Dúvidas
Perdi a conta dos suspiros.
Envolto em delírios.
Ouço cantos.
Perco a razão na medida que as horas passam.
Enlouquecerei?
Ou a insanidade do mundo já se apoderou do meu coração?
Thorn
Continuarei meu caminho,
mesmo que os tambores ousem tocar.
A tristeza tem tentado me abalar.
Acreditar.
Porque a chama permanece acesa.
Meus olhos ainda brilham.
Eu posso lutar.
sábado, 10 de agosto de 2013
Perda
Tutuxo
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Vazio
Continuo a só ouvir o barulho do vento.
Sombras.
Estou caçando sombras.
Veja meu coração que sangra em minha mão.
Veja meu tormento que pulsa.
Sou o vazio.
Visto a carapuça.
Não sei se quero ficar.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Tuxão
Há silêncio.
Coração vazio.
Não ouço seu estribilho.
Se eu pudesse voltar no tempo.
Se eu pudesse.
Ah, se eu pudesse...
Não estaria cantando aqui sozinho para o vento.
Pituxo
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Tuxo
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Arte
Com seus olhos secos, viu o mundo escurecer.
Quebrou a aquarela.
Derramou as tintas.
Arremessou os pinceis.
Amargurou-se.
A arte não lhe gerava apreço.
Viraria rocha.
Terra.
Esquecimento.
domingo, 4 de agosto de 2013
Stela
Vi e não acreditei
Irreal?
Vagueio, desejando acreditar no concreto.
Inexiste a possibilidade do amor?
Não. Assim como o ar, não vivo sem amar, sem desejar eternas poesias.
Quê
Por enquanto, só espera.
Fico à janela, aguardando as horas passarem.
Vejo a forma das nuvens, observo a lua querendo sorrir.
A bonança deve estar por vir.
Pegarei uma cadeira para admirar todo o infinito.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
Sonhador
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Nome
Carrego.
Não me carrego.
Não devo carregar o passado.
O passado é um precipício.
E não sei voar.
Hell
Amanhã não serei mais o passado.
Nem tampouco o frio presente enlatado.
Chega de amenidades na vida.
Não quero mais só o fogo que aquece.
Quero a chama que devasta,
que evapora a água,
que torna pó.
Que venham as labaredas.
Que queime o mundo.
Só assim meu coração acenderá de novo.
Estações
Deixa o vento levar.
Deixa as folhas caírem.
O outono não é tão ruim.
Reconstrução.
Galhos secos.
Vida contida.
Chegará o inverno.
Não tenho medo.
Depois da neve, do frio, da solidão, chega a primavera.
Flores no jardim.
domingo, 28 de julho de 2013
Relato
O caso
Mundos
Sonhar acordado
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Reviva
terça-feira, 23 de julho de 2013
Batalha
Medo
De seguir em frente.
De perder o sossego.
Medo, tenho medo.
De passar da porta.
De não poder voar.
De não poder sonhar.
De não vencer meu próprio eu.
domingo, 21 de julho de 2013
Bravo
Extravio
Partida
Dito
sábado, 20 de julho de 2013
Montanha
Ilusão
Sentir
Tempestade
Masmorra!
Que os sábios venerem a paz.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Por um fio.
Lavou o peito.
O mar secou.
A terra rachou.
A boca não teve o que mastigar.
Morte.
Morte.
Morte em todo lugar.
O Poeta e a espera
Ou deverão ser sempre todas vãs?
O poeta é sofredor.
Sofre tão completamente, que acredita ser dor, a felicidade que deveras sente.
Se mente para si ou se corrói desnecessariamente a alma,
não se sabe.
O que se nota é o tom de morte a cada ponto final.
O poeta espera a sorte,
mas a sorte nunca vem para quem a espera.
Resgate?
A realidade parece querer me trazer de volta.
Resgate?
Abro os braços como Ícaro, voo como pássaro.
Quero não cair.
Um voo pleno é o que necessito.
Espero que as asas de cera virem asas verdadeiras.
Rasgarei, assim, o céu.
O infinito será o meu limite.
Louco?
Hoje pode ser que sim
E amanhã, ainda serei?
Eu cansei do formalismo.
No normal eu não me admiro mais.
Transcender.
Escapar da rotina.
Navegar para um horizonte distante.
Dançar contigo, menina.
Existem tantas músicas, tantas esquinas.
Raios de sol de variados calores.
M
Insistir ou partir?
Sentar ou lutar?
Travar a batalha.
Escolher destinos não me apraz.
Rio segue, eu também seguirei.
Inda que incompleto.
O tostão depois do arco-íris será meu?
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Calo?
Amainou o vento.
Remar para o horizonte ainda é o objetivo?
As palavras quando se calam continuam a saracotear no pensamento.
Amanheceu
Eu posso ver pela janela um novo dia.
Respirar profundamente, como antes não faria.
Esquecer o passado.
Inspirar-me no presente que me lava os olhos.
Acreditar, por que não?
Iara, a lenda.
Iara, linda sereia.
A tua boca canta suave melodia.
Resistir ao teu encanto é um desafio.
Antes, quantos homens sucumbiram.
Bem, se dizem que tu és lenda,
Eu, por outro lado, acredito que vive em uma realidade concreta.
Cantando, amando, vivendo.
Com coração de menina, sincero.
O medo não existe para aqueles que buscam um dia de fato te encontrar.
Allegro
Enche meu peito de esperança.
Quero que venha logo a bonança.
Chega de tempestade.
De raios e trovões.
Busco um céu limpo.
Almejo o espaço.
A estrela que irá trazer o calor que tem faltado no meu coração.
Onde está você?
Meu sol, minha lua, minha menina.
Ando nas ruas procurando sombras.
Viro as esquinas e vejo apenas o vão vazio.
Toda manhã eu acordo como se fosse de um pesadelo.
Paro, respiro.
Volto a sonhar.
Um dia eu irei lhe encontrar.
A vida não será de névoas,
mas sim de nuvens do algodão mais doce.
Onde está você?
Preciso sorrir para viver.
Preciso me apaixonar.
Meu coração tem buscado o amor.
Solidão enlouquece o homem e o faz obliterar.
Ina
Um coração morre na esquina.
Outro desatina.
Em pensamentos, muitos reclamam da rotina,
mas aceitam calados e encaram como sina.
Será a vida tão cruel menina?
Acredito que não. Só não achamos o mapa da mina.
Morreremos, entretanto, sem ter algo que nos defina.
Ser humano. Um ser tão complexo, tão desconexo, que só de pensar em pensar amofina.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Apraz
A boca agora carrega um gosto de esperança, de bonança.
Reis não teriam a coragem que neste momento enche meu peito.
Amanhã estarei melhor do que ontem.
Batalhas travarei.
E qual guerreiro não as trava?
Conseguir a vitória depende da luta.
Conseguir a vitória é obra da labuta.
O amanhecer revelará o lutador implacável que sou, guiado pela luz de um sorriso que me apraz.
Obliterar
Restabelecem sorrisos.
Plantam sementes em nossos jardins.
Esperam conosco o germinamento, os primeiros frutos.
Até apontam a luz.
Se não tivermos cuidado, chega o outono.
Depois o inverno.
A névoa.
O esquecimento.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Bem e mal
Busca
O barco na terra.
A cabeça na guerra.
O sol castiga.
O coração se parte.
Amanhã se reconstrói.
Hoje será o último dia que me dói.
Já vi no meu jardim que aquela semente começou a germinar.
Esperança
Nem sempre o dia é bonança.
O sol às vezes não ilumina.
A alma, como música, também desafina.
Esperança.
A lucarna amanhã poderá ser porta.
E da porta, um novo caminho.
Uma busca pelo apogeu.
domingo, 14 de julho de 2013
Escuridão
MUNDO
Eco
Como é que sossego sabendo que o ocaso está tão perto?
Havia luz.
Havia vida.
Era possível sentir a ventania.
Refrescar-se com a água.
Hoje o chão é rachado.
O ar é seco.
E não há mais nanquim no tinteiro.
Papéis em branco.
Sonhos obliterando.
Desilusões.
Velho
Tronitua
Uma leve brisa pela manhã.
Um café quente preparado com amor.
Um céu carregado de clarividente anil.
Porque o humano não vive só de imensa dor.
Tempestades passam, carregadas pelo vento.
O tormento vem, mas não nos afunda para debaixo da terra.
Isso se chama morte.
E enquanto se respira, ainda é vida.
Mesmo que bandida, mesmo que cruel.
Se abrolhos é porque posso lutar.
Os trovões não gritos de deus.
São gritos meus, para que o meu eu possa acordar.
Astro
Sou o fragmento do que já fui.
Os restos de mim estão perdidos no espaço.
Vagando sem rumo.
Quero eu que não se percam no buraco negro.
Amanhã visitarei outro planeta.
Porque o meu mundo está em ebulição.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Errante
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Não sei
terça-feira, 9 de julho de 2013
Errante
O fogo que cresta qualquer pretensão.
Eu, a própria obliteração.
A ampulheta quase preenchida.
Quem foi que deu corda nesta vida bandida?
Os ponteiros não param, os becos não têm saída.
Sobrevive-se pulando o muro.
Dando saltos no escuro.
Crendo em sombras que nunca poderemos comprovar.
Eu não sei se poderei amar
Nem sei se durarei o próximo segundo.
Malgrado porque meu coração hoje é vagabundo,
embora tenha cansado de receber esmola ou comida fria de ontem.
Sim, o céu é azul.
Mas e os que carregam o pretume?
E os que navegam sem bússola?
Serão todos engolidos pelo vórtice atemporal?
Buracos negros tenho na alma.
Não venha me pedir calma.
Nem falar que ainda tenho um vão a percorrer.
Eu quero mais esquinas.
Chega de música que desafina.
Chega de pensar em sofrer.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Troveja
Vencido, mais uma vez, pelo acaso.
O coro triunfante passou, assim como o sol.
Chove.
Troveja.
E as ideias fogem para o esgoto.
Não entrarei na lama.
Ficarei apenas aqui olhando para o céu.
Quem sabe um dia um raio solar queira voltar a me iluminar.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Universo
domingo, 30 de junho de 2013
Alimento
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Incompletudes
O definem.
A curva.
A reta que não tem fim.
A vida que segue despejando sementes no jardim.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Ao fim
domingo, 2 de junho de 2013
Continuar
Sem dó não há música.
Não há continuidade.
Porque o caminho ainda está na minha frente.
E eu não tenho motivos para desistir.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Quebra
Vôo
Boca seca.
Coração dormente.
Assim sigo, renitente.
Porque o futuro me espera.
Passarei por portas e janelas para chegar onde eu deva ir.
Não me importo com o desamor ou com a tristeza que certamente poderão vir.
Eu até posso voar se eu quiser.
Dependo só de mim.
Caos
Uma flor nascida no asfalto.
Uma esperança verdadeira.
Uma continuidade não prevista.
Um ato improvisado.
Um raio de sol rejuvenescedor.
Porque viver, sorrir e sofrer são verbos inerentes ao ser humano.
Não se pode viver sem sorrir e sofrer.
Não se pode sofrer sem viver e sem sorrir depois do que acontecera.
Não pode sorrir se não lembrar o que é o sofrer.
Não se pode sorrir se não sentir o que é viver.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Rio
Meus dias passam e me pergunto porque alimentá-la com o melhor bife.
Anseio o momento que ela venha a respirar pela última vez.
Recito sussurros, magias que sei que não terão qualquer efeito.
Guardo o amor para o momento que ele possa sair sem se ferir.
Um dia o sol irá queimar as vãs pretensões.
Raios entrarão em meu coração.
Amanhecerá um dia sem nuvens, deixando o anil fluir.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Velho poeta
V i d a
Cometas.
Inebriante visão.
Céu, teu anil não pode ser em vão.
Tem-se que rasgar o vento.
O véu.
O tormento.
O sorriso perdido no espaço.
Voar para bem longe.
Como pássaro buscando o horizonte,
que nunca será alcançado.
Pois a vida é um aprendizado que será cessado somente com a foice do ocaso.
Desamor
O pensamento foi e voltou.
O livro estava aberto na página errada.
Alguns incautos diriam que tinha obra do vento.
Ledos enganos.
Tratava-se do desamor.
domingo, 26 de maio de 2013
Plantação
Midas
Sonha com amor.
Prova do amor.
Nunca o terá, entretanto.
O poeta destrói o que toca.
Condena-se na sua própria existência.
Afinal de contas, o poeta come amargura.
E vomita poesia.
sábado, 25 de maio de 2013
Poesia do dia
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Fênix
Pássaro de fogo.
Cinzas não mais.
Deixa a chama acender a tocha.
Iluminar o escuro d'alma.
Chega de temperança,
a vida não pára com sua dança.
Não serei eu que também irá parar.
Rain
Lavou a alma.
A esquina.
A vala.
Chove lá fora infinitamente.
O céu não se vê.
Apenas o plúmbeo.
O mundo fechado escondendo o anil.
As plantas são aguadas.
Mudanças ocorrerão.
Novas sementes brotarão.
Das lágrimas.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Sangue
Rasgaram os papéis.
Queimaram os cordéis.
Mataram a poesia que sangrou sozinha sem um ponto final para lhe salvar.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Tormenta
Consertar o caminho que entortara.
Não posso.
Nunca poderei ser eu de novo do passado.
Estava na minha mão e escapou.
O vento levou.
Amargura restou.
Seguir,
pois não tenho opção.
Seguir,
pegar espada e escudo no chão.
Não importa se por tormentas eu tiver que passar.
Aguentarei.
Meu desejo de ver o sol novamente é o que me move,
rumo ao infinito.
Caminhada
terça-feira, 21 de maio de 2013
Menino poeta
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Fini
Não há sol.
Lágrimas caem como se fosse cachoeira.
Alguém por favor feche a torneira.
Estes olhos querem voltar a sonhar.
O coração que bate, bate fraco, sem sentido.
É um errante, bandido, que ousou mais uma vez se enganar.
E as cartas de amor que escrevera.
Com tanto sentimento que transbordava a beira.
Não existem mais.
Perdidas em algum plano inalcançável.
Como o som do silêncio é triste.
Lost in Space
Os anjos se foram.
Com eles, suas trombetas e a boa música.
Não obstante o dia esteja iluminado,
não há de fato a luz que inspiraria uma real poesia.
Deixei aquela fotografia ser levada pelo vento.
Passado, meu tormento.
domingo, 19 de maio de 2013
Amor
Suspiram ao pensar em ti.
Somente desta forma a flecha no peito não é dolorosa.
Um abraço que põe num lugar seguro.
Cada gota de ti que pingam nos olhos dos humanos afasta do mundo imundo.
Amor.
Cada frase contigo é poesia.
Pássaros não cantam. Produzem melodia.
Olhos admirados não cansam de enxergar o futuro almejado.
Amor.
Um oceano.
Uma lufada que oblitera pensamentos ruins.
Um carinho tão quente como o sol.
Um lençol que aquece noites frias.
Amor.
Vãos pensamentos não mais.
Somente dança de sentimentos.
Valsas intermináveis sob o luar.
Amor.
Palavra tão pequena, mas que impressionantemente não se apequena quando o coração labuta.
Pois maior que irascíveis lutas.
Amor.
Uma conquista.
Uma batalha diária que não possui vencedor.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Amanhã
Fio
Penumbra
Lá me escondo.
Ninguém escutará meus lamentos.
Ninguém me socorrerá.
Morrerei envenenado pelo meu jeito de amar.
terça-feira, 7 de maio de 2013
Partido
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Dadaísmo mental
As horas passarão.
Outros trem virão.
Quisera eu que a tarde fosse sempre doce.
Infinda.
Crepuscular.
Não quero o fim da vida no pôr do sol.
Quero paz, um barco e um anzol.
Perdido no lago.
Essa lida maldita.
Rotina destrutiva.
Por que não sentar e sorrir?
Remunera melhor.
Sonhar.
Respirar sem sentido.
Não quero isso.
Quero minha lápide do peso das minhas ações.
Omissões não.
Quero um coração livre.
Um cérebro em chamas.
Cheio de idéias.
Com poucos dramas.
Quero me perder na imaginação.
Eu
O inerte.
O calado sonhador.
Eu, o verme.
O cerne.
O mártir que não sofre dor.
Aproveito a sombra da árvore mais antiga.
Olho a paisagem.
O vento, que sussurra: "Fica".
Eu contrario.
Eu parto e arrepio a nuca, sem olhar para trás.
Quebrei o presente.
Perdi o retrato do passado.
Não consigo ver meu rosto.
Por dentro sou desconfigurado, mas meu coração ainda bate.
Eu, o veneno.
O menino singelo.
O vilão que tem medo do amor.
Explicação
Deixa, amor...
- Não se vê mais cores no horizonte, nem trompetes celestiais.
E o arco-íris ainda é belo?
- Não, somente singelo e só fica visível quando se sobe nos coqueirais.
Irá amofinar em seu quarto?
- Até o dia que a vida resolva me trazer para a superfície de sentimentos bons.
terça-feira, 30 de abril de 2013
Platéia
domingo, 24 de março de 2013
Rotina
Parece sangue.
Todos passam.
Ninguém olha.
As folhas do calendário caem.
Tristezas são suprimidas.
Alegrias, de tão incontidas, logo se esvaem.
O jornal não noticia o que muitos querem ler.
A paz não chega, nem parte.
Tenho a impressão que o trem para o espaço irá atrasar.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Flor
O mel vem de ti.
Casais apaixonados chegam até tua presença,
dizendo juras de amor.
Sabes, entretanto, que não ficarás para vê-las.
Tua vida é breve.
Por isso, deixa no mundo o teu olor.
quinta-feira, 7 de março de 2013
Sono
quarta-feira, 6 de março de 2013
Adeus
domingo, 3 de março de 2013
Acorde, levante, suspire... Lute.
Veja o mundo.
Já perdeu tantos segundos
em vão.
Levante.
Sinta as pernas que pesam.
O corpo que acreditara não ser forte para a luta,
mas que no peito ainda tem um coração que labuta e o tenta manter são.
Suspire.
Abra os braços.
Abrace o vento que pode te fazer voar.
Não feche os olhos. Aprenda a acreditar.
A vida não é inglória.
Acontece que sem nos defendermos, deixamo-nos morrer,
quando na verdade deveríamos lutar.
Divagar
sábado, 2 de março de 2013
sexta-feira, 1 de março de 2013
Dias
Hoje, calor.
Amanhã espero que não haja tantas curvas.
Um dia mais monótono.
Um coração reproduzindo quietude.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Dom
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Inabalável, a vida.
Amanhece os dias como uma nova chance.
Não importa o dia de ontem.
Glórias hoje podem ser conquistadas.
Louros podem adornar seu rosto.
Ouro pode ser a cor do teu coração.
Risos podem encher a sua face de animação.
Inabalável a vida passa, é bem verdade.
A onda vem e leva o tempo que não volta.
Resta o presente, o futuro em construção.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Uivo
Uivou o lobo enquanto a lua se elevava no mais alto do céu. E lá estava eu, hirto. Simplesmente admirando o mundo e sentindo a imensa solidão ao meu redor. Queria tocar as estrelas tão brilhantes na noite enlevada. Poderia ser sonho. Poderia ser real. Quisera eu ter o mesmo poder da imaginação.
Distâncias
Perto do infinito.
Não grito.
Nem peso o olhar.
A estrela que brilha é minha.
Ninguém irá tocar.
Modorra
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
XP
Xamãs, tão pouco.
Preso em minha incapacidade, retrocedo.
E olho o mundo tão injusto.
Reticências não precisam ser infinitas.
Intolerável espera.
Escuridão nas esquinas.
Noites sem nenhum luar
Cantorias perdidas.
Inabalável esperança ainda persiste.
Amanhecerá e os tolos poderão ver o sol ser alçado para o canto mais alto do céu.
Redoma
Vento
eu, o vento.
Vejo olhos regojizantes.
Abraços de amantes,
Janelas fechadas.
Casas escurecidas.
No fim não fico.
Rodo o mundo,
enquanto o garoto roda o pião.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Realtà
Finito V
O ocaso fica mais próximo a cada passo dado.
Serenidade é o que eu busco.
Ouço o canto dos pássaros.
Quero voar.
Atingir o céu.
Cruzar as nuvens.
Cortar a ventania.
Pegar quantas estrelas a finitude dos meus dias permitir.
Ideia
Jorrou o sangue mais escarlate,
sujando de rubro o branco pacífico.
Os olhos já não possuem o mesmo brilho,
ao contrário,
opacos como se de um morto fossem.
Serenidade vilipendiada.
E ainda dizem que desta forma que nascem as ideias.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Alma
Vêem o pó.
O brilho.
O passageiro, nunca o perene.
Assim nascem e morrem.
Perdem-se idéias.
Madrugada
Brandos pensamentos.
Olhos acompanham as nuvens sumirem com os ventos.
Estrelas aparecem, logo somem.
Madrugada voa como um pássaro aflito por liberdade,
enquanto uns vislumbram o céu esperando caridade.
A cada amanhecer a esperança renova.
Enchem-se os pulmões de um ar que se pode até fazer levitar.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Irreal
Cai uma leve chuva,
que não molha.
Ao meu lado é deserto.
O céu brilha um azul sedento.
Parece sonho.
Parece pesadelo.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Se
Se o vento não soprasse, eu não poderia voar com meus pensamentos.
Se a criança em mim tivesse que partir, eu também partiria.
Sem olhar para trás.
Quisera
para acalentar tuas noites de frio,
para ser a luz mostrando o fim do túnel.
Quisera eu ser sempre teu e viver
dentro do teu peito, protegido da vida que despedaça sonhos.
Quisera eu que as madrugadas enregeladas fossem só tema de contos.
E que os faróis estivessem sempre acesos para eu encontrar diariamente o meu cais.
Não é preciso andar sempre perdido.
As estrelas brilham mesmo com a devastadora escuridão.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Valente
dificilmente sofrerá com a dor.
Nada que o impeça de derramar uma gota de sangue.
Porque só sangra quem sofre,
quem aprende,
quem erra e se arrepende
e sente o gosto de terra molhada
na esperança de matar a sede
da alma.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Pulo
Juventude
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Branco
Pode ser cegueira da alma.
Uma tempestade de neve.
Um nevoeiro sem fim.
Um pedaço apagado da memória.
Um raio de luz cruzando o céu.
Um papel amassado que não fora recheado de intenções.
O nada, o simples nada.
O lugar nenhum.