quarta-feira, 27 de julho de 2011
Lamento
Dia a dia. Nada de passado. Presente. Porque a vida corre. E o ser humano morre e se lamenta.
Corda-bamba
Quebra-cabeça. As lágrimas corroem a alma, certas vezes. A impaciência acaba com a calma. O samba não pode ser dançado por todos.
Sadness
Delírios. Sua mente estava cheia. Partiu. Entrou no buraco negro. Beijou o infinito. Ninguém nunca mais o viu.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Pensamento VI
Quanto vale o ouro? Vale uma morte? Não vale. Vale sim viver a vida. Acabar com qualquer esperança que não vingue. Não adianta esperar e ver o ocaso chegar antes do sol nascer.
Recado
A idade dos dragões já passou. Não há mais destas bestas no céu. Existem demônios, entretanto, aqui na terra. Alguns são humanos. Tão reais quanto os sonhos de uma criança que não pára de imaginar.
terça-feira, 12 de julho de 2011
P a Z
Eu queria o sonho mais real.
Hoje tenho medo de dormir e fazer a realidade sumir.
Não quero acordar.
Não quero partir.
Viver em delírio.
Paz no coração.
Circo
Eu não sou palhaço de um circo solitário.
Sorrio agora, porque o infinito não assusta.
Eu tenho em minhas mãos todos os lírios daquela bela flor.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Poesia
Eu nunca mais escrevi.
Meus delírios partiram.
Fiquei apenas com os lírios da linda flor.
Meus olhos hoje brilham.
Quiçá mais que o sol.
Quisera eu poder ter o seu brilho por toda a eternidade.
Eu espero.
Se o mundo acabar, ainda teremos as estrelas.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Sambo
É o paraíso.
Fecho os olhos, abro os olhos.
Não restou nenhum vestígio de sombra.
Aboli a corda bamba.
Hoje sambo onde minha mente manda.
E pronto.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Pô de luz
Eu não temo a luz. Claro, meus olhos a rejeitaram no começo, mas agora eu sei bem para onde olhar. Não necessito encarar o sol. O horizonte e um caminho, tudo o que preciso.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Suspiro
Os pássaros acordaram e cantaram. O sábio sabiá, mais velho dentre todos, subiu ao lugar mais alto da árvore e fez o seu solo. É dia de alegria. Não há chuva, nem tempo fechado. O tempo, na verdade, corre, mas ninguém reclama. O amanhã será o melhor presente.
A ni l
Eu não cantei para o infinito, pois caia chuva quando eu queria o sol. Hoje, entretanto, quero continuar caminhando, até o momento que meus ossos se transformem em pó. Não posso perder luz revelada por esse imenso anil.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Baila
Eu creio na beleza da vida.
Na luz que cicatriza feridas.
Nos olhos doces que sorriem.
Na paz do coração.
Glória
O arqueiro acertou o alvo. Logo se ouviram os aplausos. Orgulhoso, ergueu o arco-e-flecha. O tempo se fechou. O céu plúmbeo derramou suas lágrimas. Num misto de glória e fantasia, aquele homem saudava sua plateia invisível. Acabou morrendo naquele instante por causa de um raio, vítima de uma fúria de um deus qualquer.
sábado, 2 de julho de 2011
Lutador
Eu já beijei o chão.
Senti o gosto da terra.
Sei bem que não quero senti-lo novamente.
Agora, só almejo o ar.
Quedar por quê?
Tenho glórias a conquistar.
Por isso acredito que o amanhã será sempre mais belo.
Mesmo que o malogro venha, eu terei a certeza que não lutei pelo fracasso.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Reza
Reza a lenda que uma criatura desventurada saiu da encruzilhada para roubar uma alma. Perdeu-se no caminho. Hoje é atração de circo. Palhaço de um circo sem razão.
Paciência
Paciência. Virtude? Por que o povo continua a esperar na janela a chuva de metais que não chega?
Lixo
Alimentem o morto. Encham o cérebro inútil de lixo. Apreciem a depreciação humana. Silenciosa, embora fatal.
Eu que sei...
Eu que sei do passado, temo o futuro. Recolho-me no presente. Busco um lugar seguro. Tenho medo, mas enfrento o desassossego. Nem que seja por um tempo.
Coragem
Não, não vá embora.
As quedas existem.
Os choros são inevitáveis.
Às vezes a noite demora.
Mas não perdemos as glórias conquistadas.
Porque o sangue derramado não é esquecido.
Avante, pois o tempo corre.
Logo será tarde.
E de nada adiantará tua coragem.
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