segunda-feira, 30 de maio de 2011

Imortal

Eu parti. Fechei a porta do passado. Joguei a chave fora. No trem das horas eu resolvi entrar. Agora o tempo passa devagar. A idade é jovial, a cabeça, envelhecida. A alma, entretanto, não se envenena. O coração é forte. Que venham as eras que resolvi enfrentar.

domingo, 29 de maio de 2011

Rotina

O cavaleiro observa a lua. Em sussurros fala suas preces. Banha sua espada no leito do rio. Lava o sangue que não é seu. A guerra de hoje teve o seu fim. O vento, entretanto, anuncia que amanhã começará outra.

sábado, 28 de maio de 2011

Poesia palhaciana

Quando o palhaço chega, as paredes se pintam de outra cor. O sorriso espalha como o mais doce olor. A fantasia impera. A imaginação escoa pela janela. O saco de piadas esvazia, mas se enche de calor. Fica cheio de poesia da vida. Fica cheio de amor.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Espaço

Céu estrelado.
Inspiração para os poetas e pintores.
Lua cheia.
Astro dos amores.
O espaço não existe num coração abarrotado.
Pensamentos ecoam, até mesmo no vácuo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Estrela

Eu espero na esquina.
Única menina que habita meu coração.
A linda moça que passeia e inspira as mais belas canções.
Meu desejo era o paraíso.
O encontrei.
Voei bem alto.
O céu não é o limite.
Conseguirei o espaço.
E viverei pela luz dessa estrela.

Eternidade

O tirano quedou. Virou pedra, segundo os místicos. O fato é que não se move, muito embora os dias e as noite tenham continuado a vir. Ponderou, em sua última carta, que desejava viver para todo o sempre, oprimindo os desvalidos. Os deuses se reuniram e resolveram puní-lo. A eternidade é somente dada aos que amam.

Ocaso

Eu vejo o futuro.
Não para trás, pois não enxergo no escuro.
Almejo sim a clarividência do horizonte.
Caminhando, chegarei antes do crepúsculo.
Lá, encontrarei o meu ocaso.

Batalha

O sol não se pôs.
A luz continuou a iluminar o ambiente.
Rufaram os tambores.
Os cavaleiros partiram para o cotejo.
Armas em punho.
Galopes de cavalo.
O som e o silêncio.
O vencido e o vencedor.
O aplauso do tirano louco.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Lufada

Meus olhos não são mais de névoa. A lufada veio e soprou a chuva que ameaçava inundar esses cantões. A ira queimou com a luz solar e virou cinza. Amanhã será adubo. Uma flor nascerá, branca, límpida, austera. Assim como o sentimento que carrego no peito.

domingo, 22 de maio de 2011

Sentido

O coração pulula. A alma aquieta. Uma canção inicia na mente. Os dias, entretanto, não mentem. Cada dia o pôr-do-sol me traz mais intensas cores...

Dedo

O progresso aponta para onde o dedo apontar. O mesmo dedo que pode ordenar matar. O mesmo humano que derrama lágrimas que virarão pérolas falsas. Sem brilho. Sem cor. Sem amor. Triste sina.

Névoa

Metais caem no solo.
O barqueiro some na névoa.
Corvos riem.
A morte pragueja.
O silêncio chora.
A meia-noite se torna madrugada.

sábado, 21 de maio de 2011

Cor

Eu olhei para o céu.
A lua sorriu, minguante.
Eu não paro, prefiro continuar adiante.
Enquanto o coração pulsar, eu saberei que estou no caminho certo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pensamento IV

Clamem pelos trovões. Certa hora eles virão. No céu os dragões tratarão de enfrentá-los.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Escritor

O carrossel não pára. O universo não se rende. As estrelas continuam a flamejar suas intensas luzes. E eu, aqui com minha caneta, tento reproduzir esse luar que nunca deverá ser apagado da minha mente...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Para ela

Eu não acreditava mais no sentimento. Hoje eu sinto o calor batendo no meu peito. Eu respeito o sentido da vida. Acordar e saber que não caminho só é algo da clareza solar. Quisera eu que todos pudessem se apaixonar. O mundo não seria da cor do breu. Seria escalarte. Vibrante e forte como você e eu.

Claro

Os olhos carregavam pesar. A pedra nas costas ganhara mais peso. Macambúzio quiçá fosse seu nome do meio. E se na verdade não houvessem mais meios? Só fim. Ele não sabia. Tinha saído derrotado sem dizer uma palavra. Escolhera o silêncio porque a fala não seria melhor do que isto. Amanheceres vêm. O sol poderá iluminar novamente qualquer caminho. Todos se equivocam. Todos caem e se sujam de lama. Poucos reconhecem que a vitória está em saber levantar.

Music

O homem veio com sua flauta, pulando. Os animais o seguiram. Foi tudo tão místico, que eu julguei estar num sonho. A floresta eu nem sabia que existia. Apareceu num piscar de olhos. A mata não permitia eu ver a clarividência solar. Resolvi me deixar guiar pela música.

sábado, 14 de maio de 2011

Poeta

Eu cantei. Os prados se encheram. A melodia se espalha com o vento. Amanhece qualquer dia. Os meus olhos vivem pela poesia. O coração vive por ela.

Bardo

O bardo segue cantando suas canções. A guerra continua. Flechas voam. Glórias serão contadas ulteriormente. Olhos nunca mais verão a luz.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Menina

Cabelos sedosos.
É a menina morena.
Pele macia.
Olhos que brilham.
Sentimento que não se apequena.

Quando ela passa, meu coração pulula.
Quando ela me abraça, meu mundo se torna perfeito.
Tudo se enche de graça.
Enobrece meu peito com o mais puro amor.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Luz

A incandescência daquela estrela faz brilhar meus olhos.
Menina, faz meu coração se ajoelhar e compreender a palavra respeito.
O amor é um calor que guardo no peito.
Rezo para o amanhã ser sempre mais perfeito.

Noite

Eu. Palavra forte. Muitos falam isso e temem apontar para qual lado fica o norte.
Eu também temo, pois sou humano. Nem o tempo tirará a insegurança de alguns passos.
Um dia sou Rei. Outro, apenas um menino sujo de lama e com olhar vigoroso e sincero.
O amanhã virá. Eu também virei.
Ao fim do dia, saberemos quem irá se tornar noite primeiro.


Céu

O que o céu trará amanhã?
Hoje veio chuva.
Nuvens plúmbeas.
Espero o nascente sol.
Brilho incandescente.
Calor.
Horizonte pleno, consumido pelo anil infinito.



O Rei

O rei levantou do trono. Parou, olhando a multidão que se atulhava logo abaixo. O dedo abaixou. Uma cabeça rolou. Gritos ensurdeceram momentaneamente qualquer ouvido. Seria motivo para corroborar com o esquecimento. A insatisfação virara comédia em preto e branco. O rei não vive só de ouro de tolo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Montanha

Sentado no alto da montanha eu contemplo o infinito. Calei o grito dos mortos. Soprei a nuvem que atrapalhava a visão do anil celeste. Meus olhos nunca cansarão. A estrela que me guia tem reluzido mais forte!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Passos

Ele avança sem medo. Os passos são firmes. A mente é certa. A lama não afunda pretensões. O céu carregado não diminui a velocidade. O amanhecer virá.

Punitivo

Tonitruante, o deus palrou diante daquela platéia muda, que com olhos temerosos esperavam a próxima profecia ser cumprida. Então desceram os raios. O fogo. O silêncio.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Solar

Eu não temo o infinito. Sentado em meu cometa eu cruzo o universo. O fogo que encandeia tem a potência solar!

Glória

Cavaleiro eu fui. As cicatrizes não negam. Possuo um olhar distante, porque o infinito me apraz. Eu que vi a morte dançar na minha frente, tenho em minha mente que a glória é algo que não se desfaz!

Mundo

O deus desceu a montanha. Movendo a terra, trouxe avalanche que cobriu uma cidade. Seus olhos carregavam ira. Tanta era a fúria, que os que puderam ver julgaram ser o fim do mundo.

domingo, 1 de maio de 2011

Artista

O artista prepara-se para entrar no palco. Sua mão treme levemente. Sua face não move um músculo, entretanto. Será outra pessoa quando cruzar a cortina. Abandonará a pele que amofina para ser alguém que a fantasia determina. Seus olhos não serão os mesmos durante o tempo que o espetáculo acontece. Voará, como só os mais belos cisnes que enobrecem o ar o faziam. A máscara não cairá. Seja feliz ou triste, morrerá com ele no momento que for ouvida a ovação do público.

Visão

O que tenho em minha mente é o infinito. E ainda sim, isso não basta...