O veneno que escorre da tua boca corrompe o mundo.
O seu próprio mundo que também é meu.
Ô pensamento.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
O palhaço
O palhaço no circo sou eu.
Girando na minha bola, prestes a cair.
Vamos, riam de mim.
Sou o único do picadeiro.
Ouço vaias.
Ouço gritos.
Um coro de silêncio que me dói a alma.
Ouço alguém me pedindo calma.
Me distraio e caio.
Fecho os olhos.
Não sei o que se passa lá fora.
Nunca soube.
Girando na minha bola, prestes a cair.
Vamos, riam de mim.
Sou o único do picadeiro.
Ouço vaias.
Ouço gritos.
Um coro de silêncio que me dói a alma.
Ouço alguém me pedindo calma.
Me distraio e caio.
Fecho os olhos.
Não sei o que se passa lá fora.
Nunca soube.
Respiração
Respire.
Não se vá.
Não enquanto eu divago.
Quer puxar um trago desta erva que carrego?
Eu não nego.
Andarilho cego, não me enervo.
Sou servo e senhor do pensamento.
Às vezes me contento com tão pouco.
Migalhas de um louco que você também é.
Não se vá.
Não enquanto eu divago.
Quer puxar um trago desta erva que carrego?
Eu não nego.
Andarilho cego, não me enervo.
Sou servo e senhor do pensamento.
Às vezes me contento com tão pouco.
Migalhas de um louco que você também é.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Perguntas
"Sou alegria teimosa, sambando pra não chorar"
Escutou?
Leu?
Passou na TV?
Ou ouviu falar?
Não tem nada para declarar?
Mas não está calado desde sempre?
Assim que fica contente?
Não se cansa deste silêncio renitente?
Quantas perguntas vou ter que fazer?
Acha que ficando mudo vai conseguir vencer?
Tem coragem de levantar estas pernas bambas?
Ainda vai conseguir cair no samba?
Vai para onde?
Será que fica longe?
Ou permanecerá perto?
Acha certo?
- Cala a boca pensamento imundo!
Escutou?
Leu?
Passou na TV?
Ou ouviu falar?
Não tem nada para declarar?
Mas não está calado desde sempre?
Assim que fica contente?
Não se cansa deste silêncio renitente?
Quantas perguntas vou ter que fazer?
Acha que ficando mudo vai conseguir vencer?
Tem coragem de levantar estas pernas bambas?
Ainda vai conseguir cair no samba?
Vai para onde?
Será que fica longe?
Ou permanecerá perto?
Acha certo?
- Cala a boca pensamento imundo!
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Amor?
A estrela da festa.
A menina que de tamanha beleza, resta única no salão.
Se eu soubesse uma canção...
Cantaria todo dia.
Passearia no tempo.
Aguardaria o momento.
O beija-flor buscando a rosa perfumada.
Amada.
O tempo cruel e insano.
Desumano.
A menina que de tamanha beleza, resta única no salão.
Se eu soubesse uma canção...
Cantaria todo dia.
Passearia no tempo.
Aguardaria o momento.
O beija-flor buscando a rosa perfumada.
Amada.
O tempo cruel e insano.
Desumano.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Aprazível
Que te apraz?
- Observar o nada.
Por que não o faz?
- Não há o nada para observar.
Por que não te calas?
- Mas estamos falando no pensamento...
- Observar o nada.
Por que não o faz?
- Não há o nada para observar.
Por que não te calas?
- Mas estamos falando no pensamento...
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Perdido
- E se eu tiver que partir?
Vá sem medo.
- Não sei para onde ir.
Sabe sim.
- Mas por que a bússola aponta para a direção contrária?
O norte nem sempre é o norte.
*O vento sopra enquanto o indivíduo se intriga. Depois de divagar, pensa e responde*
- Devo jogar a bússola no rio.
Deixe ela se perder. Não vai precisar.
- Então começo a andar agora. Até breve.
*Silêncio*
- Onde está você?
Vá sem medo.
- Não sei para onde ir.
Sabe sim.
- Mas por que a bússola aponta para a direção contrária?
O norte nem sempre é o norte.
*O vento sopra enquanto o indivíduo se intriga. Depois de divagar, pensa e responde*
- Devo jogar a bússola no rio.
Deixe ela se perder. Não vai precisar.
- Então começo a andar agora. Até breve.
*Silêncio*
- Onde está você?
Irreal
Balas disparadas.
Corpos que caem e não levantam.
Ouçam a sinfonia dos que não se cansam.
Pare de dar azo à percepção do irreal.
Corpos que caem e não levantam.
Ouçam a sinfonia dos que não se cansam.
Pare de dar azo à percepção do irreal.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Incompleto
Cheguei ao mundo faz muito tempo.
Preso em uma partícula de ar.
Não há ninguém para negar.
Hoje caminho a esmo.
Mesmo reconhecendo que um dia isso irá me cansar.
Preso em uma partícula de ar.
Não há ninguém para negar.
Hoje caminho a esmo.
Mesmo reconhecendo que um dia isso irá me cansar.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
O rio
Curvo-me ao imperioso nada.
Largo esta roupa conspurcada.
Cheia de odor e lágrimas que não mais me pertencem.
O horizonte voraz à frente.
Há um rio corrente.
Devo embarcar e esperar o mar.
Largo esta roupa conspurcada.
Cheia de odor e lágrimas que não mais me pertencem.
O horizonte voraz à frente.
Há um rio corrente.
Devo embarcar e esperar o mar.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
O invisível
Eu espero um amanhecer.
Com esmero,
a luz deverá preencher cada canto.
Livrando o mundo deste encanto maldito.
Tenho dito, embora em silêncio,
que os pássaros estão voando para o sul.
Procurando um céu mais azul.
E nós humanos estamos hirtos.
Olhando para o vento, que permanece invisível.
Com esmero,
a luz deverá preencher cada canto.
Livrando o mundo deste encanto maldito.
Tenho dito, embora em silêncio,
que os pássaros estão voando para o sul.
Procurando um céu mais azul.
E nós humanos estamos hirtos.
Olhando para o vento, que permanece invisível.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
O triunfo
Eu quero sorrisos sinceros e duradouros.
Quero algodão doce todas as manhãs.
Quero me perder no labirinto de flores mais belas.
Quero o amor aqui pulsando neste peito que depaupera a todo instante passado.
Passado. Presente. Futuro.
O que importa?
As nuvens se calam.
Não há tormenta.
Só o desejo de desvanecer esta impotência ferina e silenciosa.
Esta carne que arde na brasa é minha.
Sou eu,
este coração que desatina e sangra.
Sou o grito abafado,
pranto desavisado, embora verdadeiro,
sou o olho que transborda de choro e lembrança...
Entre mortos e feridos, sobrevivo.
Ao meu redor, uma imensidão de eus.
Deus?
Nesta terra conspurcada e insana, não existe.
Piso os corpos, esmigalho as cabeças dos que ainda persistem.
Brado o canto de guerra de um só homem.
E ouço meu eco.
Quero algodão doce todas as manhãs.
Quero me perder no labirinto de flores mais belas.
Quero o amor aqui pulsando neste peito que depaupera a todo instante passado.
Passado. Presente. Futuro.
O que importa?
As nuvens se calam.
Não há tormenta.
Só o desejo de desvanecer esta impotência ferina e silenciosa.
Esta carne que arde na brasa é minha.
Sou eu,
este coração que desatina e sangra.
Sou o grito abafado,
pranto desavisado, embora verdadeiro,
sou o olho que transborda de choro e lembrança...
Entre mortos e feridos, sobrevivo.
Ao meu redor, uma imensidão de eus.
Deus?
Nesta terra conspurcada e insana, não existe.
Piso os corpos, esmigalho as cabeças dos que ainda persistem.
Brado o canto de guerra de um só homem.
E ouço meu eco.
Null
O infortúnio.
Que migalhas recebo hoje?
De amor.
De tristeza.
A cabeça de macaco na mesa,
onde tomarei o caldo dos poderosos.
Sentado em meu trono,
vislumbro o mundo sem jeito.
Taciturno, agonizo à medida que as horas passam.
Alguma piada que me faça graça?
Ou alguma bebida que não se chame melancolia.
Quero me embriagar de sonhos.
Sonhos bons...
Que migalhas recebo hoje?
De amor.
De tristeza.
A cabeça de macaco na mesa,
onde tomarei o caldo dos poderosos.
Sentado em meu trono,
vislumbro o mundo sem jeito.
Taciturno, agonizo à medida que as horas passam.
Alguma piada que me faça graça?
Ou alguma bebida que não se chame melancolia.
Quero me embriagar de sonhos.
Sonhos bons...
domingo, 15 de fevereiro de 2009
O grito I
Rasante.
A lâmina que carrego.
Corto o vento, a dor, o lamento.
Vigor.
O que o coração procura.
Calo e grito.
Sou um meteoro fugaz,
como todo humano é.
Meu brilho é diferente.
E não obstante todo o caos renitente,
saberei qual caminho seguir,
qual espaço cruzar.
Saberei a hora que deverei desvanecer no vazio, sem deixar vestígios.
A lâmina que carrego.
Corto o vento, a dor, o lamento.
Vigor.
O que o coração procura.
Calo e grito.
Sou um meteoro fugaz,
como todo humano é.
Meu brilho é diferente.
E não obstante todo o caos renitente,
saberei qual caminho seguir,
qual espaço cruzar.
Saberei a hora que deverei desvanecer no vazio, sem deixar vestígios.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
A distância II
- Que vê ao longe?
Um futuro.
- Plano?
Pleno.
- De quê?
Imensidão.
- Incomensurável?
Talvez.
- Algo concreto, pelo menos?
A distância.
Um futuro.
- Plano?
Pleno.
- De quê?
Imensidão.
- Incomensurável?
Talvez.
- Algo concreto, pelo menos?
A distância.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
O Coração IV
Calou.
O coração.
Frio passou.
Água caiu no chão.
Quedo, continuo.
Observo tudo.
Sou o olho do mundo.
O coração.
Frio passou.
Água caiu no chão.
Quedo, continuo.
Observo tudo.
Sou o olho do mundo.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Coração?
Ando perdido.
Escuridão?
Não.
São fragmentos do eu.
Estou em todos os cantos, espalhado.
Faço mapas, crio rotas.
Confesso que já achei boa parte das coisas,
só me falta um coração.
Escuridão?
Não.
São fragmentos do eu.
Estou em todos os cantos, espalhado.
Faço mapas, crio rotas.
Confesso que já achei boa parte das coisas,
só me falta um coração.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Batalha
Entre balas de canhão e lamentos dos que caem,
a guerra continua.
O brio volta com poucos.
A luta diária permanece.
Rotina.
Cada amanhecer uma batalha.
Cada pôr-do-sol uma glória ou malogro.
O suor derramado valerá a pena, quem sabe.
Ainda ostentarei no peito uma medalha.
Digladio por isto.
Vivo por isto.
Provar a mim mesmo que existo.
a guerra continua.
O brio volta com poucos.
A luta diária permanece.
Rotina.
Cada amanhecer uma batalha.
Cada pôr-do-sol uma glória ou malogro.
O suor derramado valerá a pena, quem sabe.
Ainda ostentarei no peito uma medalha.
Digladio por isto.
Vivo por isto.
Provar a mim mesmo que existo.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Remar
Rema, rema.
Avista o norte.
Hoje é seu dia de sorte.
Rema, usa força.
Mostra o vigor que contigo nasceu,
que contigo cresceu.
E que o ajudará a conquistar o mundo.
Avista o norte.
Hoje é seu dia de sorte.
Rema, usa força.
Mostra o vigor que contigo nasceu,
que contigo cresceu.
E que o ajudará a conquistar o mundo.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Em qualquer lugar
Cruzo o espaço.
Procuro e não acho.
Não questiono o que faço,
ou que rota sigo.
Sei que há uma estrela em qualquer lugar.
Procuro e não acho.
Não questiono o que faço,
ou que rota sigo.
Sei que há uma estrela em qualquer lugar.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
O amor
Chora não.
As lágrimas não devem ser usadas sem razão.
Chora por aqueles que te acalentam e esperam dormir.
Que te protegem do frio à noite.
Seja forte.
Levante o cenho e siga ao norte.
Nada te abalarás se souber onde pisar.
Basta acreditar.
As pessoas vazias nos dão o pouco que tem e somem.
Se consomem pela própria insignificância.
Não te queixes pela vacância que teu coração carrega.
Um dia estará preenchido.
Avisará para todos com um grito,
que o rio vazio voltou a encher.
Mas não de lágrimas.
De água plena e pura.
Aguá cheia de doçura para o teu bem querer.
As lágrimas não devem ser usadas sem razão.
Chora por aqueles que te acalentam e esperam dormir.
Que te protegem do frio à noite.
Seja forte.
Levante o cenho e siga ao norte.
Nada te abalarás se souber onde pisar.
Basta acreditar.
As pessoas vazias nos dão o pouco que tem e somem.
Se consomem pela própria insignificância.
Não te queixes pela vacância que teu coração carrega.
Um dia estará preenchido.
Avisará para todos com um grito,
que o rio vazio voltou a encher.
Mas não de lágrimas.
De água plena e pura.
Aguá cheia de doçura para o teu bem querer.
Sereno.
A metralhadora brada ao fundo.
Mas atravesso o campo, limpo.
Não ligo para as balas, bombas.
Pouco importa o terreno castigado.
Caminhando eu vou,
onde possa deitar e pensar.
Sereno.
Mas atravesso o campo, limpo.
Não ligo para as balas, bombas.
Pouco importa o terreno castigado.
Caminhando eu vou,
onde possa deitar e pensar.
Sereno.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Temer o quê?
Sonha um sonho só?
Sonha um sonho só e amargura.
Sonha um sonho junto e canta a serenata da paixão.
Não importa se os outros escutarão.
Quem ama não tem nada a temer.
Sonha um sonho só e amargura.
Sonha um sonho junto e canta a serenata da paixão.
Não importa se os outros escutarão.
Quem ama não tem nada a temer.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Martírio?
Cruza a espada.
Martiriza o peito que ela ataca
Deixe o sangue escorrer
e chegar ao chão.
Não, você não é obrigado a sofrer.
A morrer sim, mas não agora.
Esta é a hora da sua estrela brilhar.
Martiriza o peito que ela ataca
Deixe o sangue escorrer
e chegar ao chão.
Não, você não é obrigado a sofrer.
A morrer sim, mas não agora.
Esta é a hora da sua estrela brilhar.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
A vida...
...tão bela e singela.
Tão única.
Soturna quando quer.
Gélida e solitária quando pode.
O brilho, no entanto, não deixa de brilhar.
Viver é o melhor remédio.
Melhor que sofrer sem esperar.
Tão única.
Soturna quando quer.
Gélida e solitária quando pode.
O brilho, no entanto, não deixa de brilhar.
Viver é o melhor remédio.
Melhor que sofrer sem esperar.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Féretro
O féretro vai passar.
Façam silêncio.
Baixem suas cabeças e sussurrem uma prece ao Deus que não ouve.
O que houve?
Não derrame uma lágrima.
Vai ser enterrado o pensamento.
O mal agouro.
Abra um sorriso e siga reto.
O caminho está cheio de mato bravio.
Não vai querer se pregar aos espinhos quando tiver que ir.
Façam silêncio.
Baixem suas cabeças e sussurrem uma prece ao Deus que não ouve.
O que houve?
Não derrame uma lágrima.
Vai ser enterrado o pensamento.
O mal agouro.
Abra um sorriso e siga reto.
O caminho está cheio de mato bravio.
Não vai querer se pregar aos espinhos quando tiver que ir.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Pensamento II
Raio que caí.
Lâmina que corta o vento.
A dor contida em cada coração.
O lado sombrio da alma.
A risada mais macabra.
Eu sou o pensamento.
Lâmina que corta o vento.
A dor contida em cada coração.
O lado sombrio da alma.
A risada mais macabra.
Eu sou o pensamento.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Pego a cadeira e sento
Enregelado.
Coração extasiado.
Pego a cadeira e sento,
vejo o relógio passar o tempo.
Em qual momento a nuvem negra será soprada pelo vento?
Coração extasiado.
Pego a cadeira e sento,
vejo o relógio passar o tempo.
Em qual momento a nuvem negra será soprada pelo vento?
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Cala-te
Qual o teu nome?
Cala-te!
A pergunta que fiz não é para ter resposta!
Abaixa a cabeça e segue.
Não abra a boca para questionar.
Nem muito menos olhe para trás.
Não tem escolha.
Assim que abrir a porta, verá o amanhecer.
Cala-te!
A pergunta que fiz não é para ter resposta!
Abaixa a cabeça e segue.
Não abra a boca para questionar.
Nem muito menos olhe para trás.
Não tem escolha.
Assim que abrir a porta, verá o amanhecer.
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