quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Brasil

Vem, me dá a mão.
Não chora, não espera não.
Vem cantar comigo essa canção.
Honrar nosso brasão.
Brasil.
Essa nação.
De cores multicores.
De ritos e mitos.
De verde, amarelo e azul.
De vermelho do sangue das lutas.
Meu Brasil.
Minha pátria querida.
Minha terra batida.
Meu costume.
Minha luz.

sábado, 20 de outubro de 2018

Nariz

Meu nariz é um mundo.
Meu mundo.
Minhas regras.
Meus segundos.
Busco o sorriso.
O abraço.
Busco o palhaço.
Desfaço nós.
Disfarço.
Viro árvore.
Viro ventania.
Viro até gente.
E sozinho posso até ser sinfonia.
Dessa ciranda que é viver.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Quinhão ruim

Mergulhei na indiferença.
Como pode?
Você me deu clarividência.
Logo depois me tirou a luz.
Não há sol.
Não há céu.
Só a completa escuridão.

Estou ao léu.
Amargando a desilusão.
Perdi o ar.
O peito não pára de palpitar
e a tristeza me consome.
Como pode ser?
Ontem eu tinha você.
Hoje só tenho areia em minhas mãos.

Não aguento essa liquidez do mundo.
Amores duram segundos.
Vidas vividas em vão.

Eu só quero plantar.
Eu só quero colher,
um coração.
Chega de tentar apanhar o ar.
Chega de me deslumbrar.
Por tão pouco quinhão.