quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Às vezes chove

Às vezes chove.
Uns se entristecem na janela.
Outros se regozijam abrindo os braços para o céu.
Flores nascem.
Ruas ficam com poças.
A dualidade da chuva é a dualidade da vida.

Saudade

Teve seu vôo mais alto.
Imersa em seu próprio pensamento.
Não olhou para trás, bem que eu queria.
Ilógico, eu acho.
Não me acostumo com a sua ausência.
Hoje e sempre terá um espaço em meu peito.
As asas que você me deu, fizeram eu enxergar a paz que continha no seu olhar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

V o AR

Eu quebrei.
Em algum momento, eu quebrei.
Perdi a essência.
A luz, quem sabe.
Apoderou-se de mim a ira.
Morreu a paz.

E se antes eu tinha candura nos olhos,
hoje tenho chamas.
Não quero um futuro de lama.
Nem quero ficar preso aqui no chão.
O céu continua bonito.
Azul,
límpido.
Se eu reaprender a voar,
pode ser que eu torne a ter o brilho no olhar. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Volta

Depois que você partiu,
deixou o silêncio.
Um peso em meu peito.

Fecho os olhos,
imagino seu cheiro.

Fecho os meus olhos,
lembro dos seus olhos cheios de vida.

Há um vazio imenso no meu coração.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Tina

Você não voltou.
Voou.
O silêncio ficou.
Machucou.
E a saudade surge,
menina Tina,
princesa de seu próprio reino.
Volta aqui pro seu poleiro.
Vem bater asa junto do mundo meu.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Tina

Você não está lá.
Não ouço seu canto.
Nem vejo você voar.

Chamo seu nome.
Não sei onde está.
Não sei onde vou procurar.

E as horas passam, longe de você.
Minha princesa do mundo das penas.
Quase humana.

Sinto falta da candura do seu olhar.