Claro que o infinito me pertence. As chamas efêmeras já trataram de apagar. A tocha que carrego suportará o vento das montanhas que pretendo conquistar.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Pescador
Minha meta é conquistar diariamente o mar.
Veleiro partirá todo o amanhecer.Não haverá tempestade que me faça descrer.
Lutar, porque meu objetivo nunca irá arrefecer.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Esperança
O vento que bate em meu rosto não aflige. O abismo não assusta. O sol não está tão longe. Eu sinto que a cada amanhecer estarei mais próximo da estrela que resolveu guiar meus passos.
segunda-feira, 28 de março de 2011
AMAR
Eu cresci. Como um gigante, pulei de um planeta para o outro. Hoje, flerto com uma estrela de incandescência indescritível. Prometi a lua para ela.
Começo
Eu vejo cores. Jogo a armadura no chão para amenizar as dores. O crepúsculo irá iniciar. O céu, pintado de laranja, arrepia. Após a guerra, poucas almas conseguiriam aproveitar tal momento. Fico contente por ser o parco dessa vez. Basta-me isso para continuar. A brisa. Sonhos vão longe.
Rain
Eu admiro a chuva. O modo que os pingos beijam o solo. O som que se produz. Os sonhos que vão e vem. O frio que chega e se acomoda. Eu gosto do céu cinza, do cheiro de infância, das risadas que ecoaram em outros momentos. A chuva, tão bela e lúgubre. Tão fina, que desafina tantos corações.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Nenhum Medo
Eu acredito no amor.
Doce sabor similar ao mel.
Brilha na intensidade das estrelas do céu.
Quem diria que eu,
a sombra,
pudesse virar luz.
Hoje tenho uma mão que me conduz.
Pode entardecer, a noite não assusta.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Guerra
Seu amanhã, cavaleiro, será no campo de batalha. Honrará o escudo que o protege. Caminhará pela glória que poucos ousam abdicar. Calará corações que não acreditam mais no amar.
terça-feira, 22 de março de 2011
Cantoria
Os pássaros cantam os seus espetáculos enquanto o dia sobe junto com o sol que irradia. Cupidos armam seus arcos. Voam longe. Não precisa ser primavera para ser denotada a beleza da flor mais bela. Basta que olhemos.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Nomes
O Silêncio resolveu falar. No púlpito, deixou que as palavras viessem. Depois do discurso, foi ovacionado. A partir daquele momento, receberia a alcunha de Esperança.
Divagador
Eu não sou mais efêmero.
As pretensões retornaram.
O amarelo do sol é mais vívido.
As flechas que disparo andam acertando o único alvo.
domingo, 20 de março de 2011
Estrelado
Pedaços escritos de papel.
A poesia de hoje tem destinatária.
Não existe mais grito de dor.
Nenhuma alma anda sofrendo de desamor.
A escuridão é bela, pois revela as estrelas.
Eu não tenho medo do amanhecer.
sábado, 19 de março de 2011
Ela
Não vejo o passado como fulcro.
Amanhece agora cada dia com o sol contente.
Insensato, o coração, não mais.
A ira dos deuses aplacou.
Replantaram no meu roçado.
Alegria que não cabe no peito.
Declaração
Eu a vi planando entre a sétima e oitava estrela. Tão incandescente quanto qualquer sol. Diferente dos efêmeros cometas, ela ainda mantém meus olhos em profunda admiração.
Matina
Eu acordei. Olhei as nuvens. Vi a bela moça adormecida ao meu lado. Ela sorria como se tivesse tendo o melhor sonho. Não sei se o paraíso existe, mas tenho neste momento algum grande fragmento de paz no meu coração.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Anjo
Ressoou o gongo.
Pássaros voaram pensando ser o fim do mundo.
Tudo depois, entretanto, ficou mudo.
Eu que assistia a cena de minha nuvem, aplaudi para quebrar a monotonia.
Cavaleiro II
Aos mil dragões que matarei, direciono o meu arco-e-flecha.
Não deixarei cair o sangue que faz meu coração bater.
Nunca.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Cavaleiro
Cruzei os mares.
Enfrentei bestas e dragões.
Cheguei ferido, mas vivo.
Agora respiro a brisa com cheiro de sangue.
Tenho pena do guerreiro que pensa que estou entregue.
Enquanto houver razão, a emoção continuará lutando forte.
sábado, 12 de março de 2011
Andam mexendo onde restava eu
Eu sei que o meu coração ribomba agora.
Soa para o infinito.
Chegou a hora.
Olha a vela do barco.
Sente a brisa e o imenso oceano.
Navega sem bússola.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Fazenda
Eu sinto que o sentimento não tenha vindo antes.
Se o céu fechava, era prenúncio do caos.
Agora as nuvens vêm porque a chuva lava e faz brotar qualquer semente.
Sei que hoje o fazendeiro colherá contente o amanhecer.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Palavreado
Eu subi o monte.
Esbravejei, caí com a avalanche.
Subirei novamente, até que minha vida se encerre.
Pois não vive quem queda.
Nem desperta.
oram
Eu quero a intensidade solar.
Quero o infinito na palma da minha mão.
Sei que posso vencer sem nenhum conflito.
Pagliaccio
Tirar do nada, o tudo.
Não satisfeito, deitar e rolar .
Espernear.
Gritar e cantar.
Sem medo do mundo.
Um nariz vermelho.
Pretensões das cores de um arco-íris.
Coração que não cabe no peito.
Vira de todos, um vagabundo de um jeito,
nada perfeito.
Sincero, às vezes sereno.
Às vezes poesia.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Coração
Partirei, com os olhos no coração.
Seguirei a canção.
O belo soar da natureza.
Andorinhas que fazem verão.
domingo, 6 de março de 2011
Trovão
Eu hoje vi a luz que queria. A manhã fria sumiu junto com a névoa. No céu, as pérolas em formato de estrelas dançavam como outrora. Então, atravessei a clarividência da janela e parti rumo à luz que não cega.
Indomável, o sentimento
Bebo delírios poéticos, apenas.
Sou daqueles com a alma que envenena
O torpor das manhãs de névoa.
A prosa não escrita.
A nuvem que impede o sol de aparecer.
sábado, 5 de março de 2011
Trovador
Ultimamente não tenho visto o amanhecer. Fico tanto tempo a observar a lua, que as horas tratam de passar sem me consultar. Ainda conseguirei uma escada. Cantarei uma trova. Poderei me apaixonar.
Da escuridão na clarividência...
Eu que não rumo para o infinito, pois tenho fadada a minha existência ao ocaso. Eu que como sabores, expurgo horrores. Sou vazio e cheio. Mente suja e pura. Diamante opaco. Fantasia que não se conta. Sol sem a lua para se embevecer.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Monólogo
A fogueira apagou. Agora só o céu estrelado me pertence. Procuro antepassados, mensagens de amor. Não vinga. A escuridão se torna impenetrável. Quiçá seja hora de fechar os olhos e retirar do meu interior todo o líquido preto que não é petróleo e não tem valor.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Fumaça
A carta veio em branco. Nem um respingo de tinta. Certamente os sinais de fumaça não chegaram a ser lidos. Bem que desconfiei que o vento rumava para outros cantões...
terça-feira, 1 de março de 2011
Ligação
A xícara de chá está esfriando. O tempo vai passando e esse encontro marcado tem gosto de amargura. Como fui me iludir por causa de um telefonema? Eu, que julgara sempre que não valeria mais a pena, cedi. Eu lembro dos cabelos dela. Do olhar que parava o mundo. Lembro das estrelas e suas tonalidades multiplicadas. Agora, o nada. Buraco negro. Existência pífia. O amor é um pote oco. O coração bate só para ver o sofrimento se apoderar dos meus ossos.
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