domingo, 28 de julho de 2013

Sonhar acordado

Sentenciado pelo silêncio, passava noites em claro. Na verdade, não sabia se estava dormindo ou se estava acordado. O fato é que abria e fechava os olhos. Sensação de cansaço. Acabava sempre se questionando em pensamento. Pensando se deveria seguir ou aceitar a prostração. Afundar na cama. Fazer dela um caixão. 
Sempre chovia lá fora da janela. A cidade das sombras e das névoas. Quantos sonhos empoeirados dormiam debaixo dos tapetes. Quantas tristezas caminhavam espalhando o peso da solidão. Os cupidos em bares, afogados em desilusão.

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