sábado, 21 de julho de 2018

Palhaço

Meu mundo se abriu como um sorriso bom.
Como se a música tivesse dado o tom.
Como se a dança tivesse acertado o passo.
O ritmo.
Do coração.
E eu.
De rosto pintado.
Palhaço.
Nem acreditei no primeiro abraço,
que a vida me deu com tanta emoção.
E disse: Vai menino!
Conquista teu espaço!
Mostra aos outros que a realidade pode ser pluma
e que os sonhos podem voar como um balão.

E desde então parti.
Numa jornada de ser criança.
De viver o hoje,
o agora.
De não aceitar esmola do sorrir.
Porque se estamos aqui,
não teria significado viver o calar.
E, sobretudo, calar sem sentir.

Por isso, povo da terra.
Ao invés de armas, gentileza.
Não há maior nobreza do que ser o porquê de existir.

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