segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O triunfo

Eu quero sorrisos sinceros e duradouros.
Quero algodão doce todas as manhãs.
Quero me perder no labirinto de flores mais belas.
Quero o amor aqui pulsando neste peito que depaupera a todo instante passado.
Passado. Presente. Futuro.
O que importa?

As nuvens se calam.
Não há tormenta.
Só o desejo de desvanecer esta impotência ferina e silenciosa.

Esta carne que arde na brasa é minha.
Sou eu,
este coração que desatina e sangra.

Sou o grito abafado,
pranto desavisado, embora verdadeiro,
sou o olho que transborda de choro e lembrança...

Entre mortos e feridos, sobrevivo.
Ao meu redor, uma imensidão de eus.
Deus?
Nesta terra conspurcada e insana, não existe.
Piso os corpos, esmigalho as cabeças dos que ainda persistem.
Brado o canto de guerra de um só homem.
E ouço meu eco.

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