sábado, 18 de julho de 2009

A face de um corcunda (A alma de um ser bonômio)

Este reflexo que eu nego sei bem que não é meu.
Estes espelhos que me rodeiam são só ilusões.
Só me livro delas quando procuro os pastos verdes e olho para o céu.
Lá não há resquícios do eu.
Existem pássaros, nuvens que me põem em elucubração.
Há mais coisa na terra.
Há vida e suspiros.
Poemas e delírios.
Jocosidade e dança.
Esperança e gotas de orvalho que brilham com o raiar do sol.

7 comentários:

  1. É... de vez em quando a vida pede que a gente deite na relva e olhe pro céu... só pro céu...

    Beijo grande,

    Solange

    http://eucaliptosnajanela.blogspot.com

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  2. Engana-se quem acha que ser/viver como um Quasímodo não compensa.

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  3. Quem sabe a vista seja mais ou tão mais bela. :)
    Um beijo!

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  4. hum.. almas..
    [medo]

    porque quando as vemos, vemos muitas verdades.

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  5. Almas de nós mesmos? :)
    Ou reflexos?

    Beijo, Sandrinha!

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  6. olá, Márcio, me chamo Marília.
    Gostei muito do seu texto, o que me levou a pensar como vivemos presos em favor das imposições da sociedade e como, muitas vezes, ela nos faz repugnar nossas próprias diferenças.
    Esta frase de Balzac mostra bem isso: "Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade."

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  7. Ô Marília, seja muito bem-vinda.
    E sim, somos moldados para atingir um determinado padrão.
    Felizes são aqueles que conseguem escapar disto.
    Um beijo e espero que retorne.
    Até mais!

    p.s. demais a frase do Balzac. :)

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