sexta-feira, 3 de julho de 2009

Poltrona

Estalo os dedos, mas a luz não acende. Provavelmente acabou a bateria do sensor de som. Preço caro que pagamos por essas modernidades.
Devo levantar-me e apertar o interruptor, mas não quero. Deixe a escuridão vir e ganhar cada espaço dessa sala até então clarividente. Deixe o silêncio tomar conta, enquanto o pretume usurpa o último raio de sol.

4 comentários:

  1. A modernidade se espriguiça nos controles remotos e nós somos a imagem da preguiça e sedentarismo paralisante...

    Homens nas poltronas estalando dedos e o sol queimando a vida lá fora e vidas inúteis em comando de voz, acionando sensores...

    Abraços,

    ResponderExcluir
  2. E assim seguimos pensando que somos donos do mundo.
    Egoístas, isso sim que somos.

    ResponderExcluir
  3. Obrigado, Robson.
    Espero que volte.
    Valeu!

    ResponderExcluir