sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Baldio

Neste terreno,
só as bandeiras flamulam,
mesmo que não exista o porquê.

O tempo é o único ser soberano que atua,
transformando ossos em areia,
que se torna pedra vazia.

Corações enregelados.
Ausência de calor.

Ainda dizem os relatos dos mais corajosos, que viram por aqui uma cadeira de balanço sem dono...
Outros vêem corvos a grasnar, como se a todo momento evocassem a morte.
Mas o ser de ossos largos, macambúzio e soturno,
já levou a vida e o brilho desses grãos...

2 comentários:

  1. O tempo passa, a cadeira, mesmo sem dono, ainda balança, ausência de calor, mas não das lembranças, que se internalizam na memória e trazem a comparação do que já foi um dia e já não é mais...

    Um beijo, Márcio!

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  2. É, espero que a pessoa titular da cadeira possa chegar e balançar com o vento no cenho.
    Deixa a onda vir e molhar a areia.
    Beijo, Marília!

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