quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pássaros mortos

Algumas verdades são ditas,
mas queria eu saber se são realmente verdades.
Hoje vi um pássaro morto,
e as ondas do oceano se acalmarem por um instante.
Vi o que ninguém mais viu,
e não me gabo.
Sou um ser simples,
que todas as manhãs quando acorda,
olha para o céu
Não se trata de uma súplica,
mas sim de uma profunda admiração por esse todo azul.
Também gosto da noite e de seus botões reluzentes,
que chamamos de estrelas.
Outro dia, sonhei que havia pego uma em minha rede, no barco de pesca flutuante.
Barcos não voam.
Estrelas que posso pegar com rede estão no mar.
Eis as verdades,
que aparecem para quebrar os espelhos das vaidades.
Do outro lado, é a realidade.
Acerba chama que não apaga nem com a mais forte lufada.

4 comentários:

  1. Três coisas para dizer:
    -Verdades são verdades e muitas vezes, elas doem...

    - Já que não alcançamos as belas estrelas do céu, podemos nos contentar com a beleza das do mar...

    - Melhor uma acerba chama, do que chama alguma...

    Lindo seu texto, Márcio!
    Um beijo, querido!

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  2. isso se chama 'capacidade de sentir e perceber a beleza das coisas simples', tem gente que não consegue!


    lindo.

    beijos

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  3. “Algumas verdades são ditas,
    mas queria eu saber se são realmente verdades.“
    É preciso que pensemos duas ou três vezes antes de anunciar as verdades... Porque verdades ou não, quando ditas... Marcam...
    E sobre as pequenezas do dia a dia, que só alguns observam... São verdades inquestionáveis, admiráveis antes de tudo =)
    Ótimo texto!
    Beijo =*

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  4. Ah, voam, pego meu barco a flutuar por aí vez ou outra.

    Amei esse poema, uma doçura intrigante...

    Beijos!

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