quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ao fim, com apreço

Cansei de acompanhar a areia da ampulheta.
Percebi que não posso controlar o tempo como eu imaginava.
Esta farsa me retirou alguns anos de vida,
trazendo a velhice inevitável.
Sonhei que podia ser eu o escolhido, o imbatível e o austero.
Pensei ser Deus,
mas errei e não nego.
O que tenho é só uma ampulheta velha e uma cadeira comida pelos cupins.
Há silêncio na sala.
Sempre houve.

Entregue ao nada, debato somente com meus pensamentos...

2 comentários:

  1. Mas o fim é mesmo inevitável - controlar o tempo é evitável posto que inútil -

    A órbita do tempo poderemos percorr sem pressa.
    Grande abraço,

    ResponderExcluir
  2. Sim, sim.
    Ê tempo que nos falta há tempos.

    Obrigado, Mai, pelo comentário!
    Um beijo!

    ResponderExcluir