segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cheque-Mate

- Cheque!
-
A sala vazia ou o jogo?
- Cheque, só cheque. Pare de enrolar e mova sua peça!
- Eu não me importo com o tempo.
- Cara, é só uma partida de xadrez.
- Não é novamente a vida com seus encantos?
- São plásticos, não têm vida.
- Se eu porventura derrubar esse seu maligno cavalo, tenha consciência de que ele não levanta mais.

- Apenas faça!
- Não estou bem certo disso...
- Mate-o!
- Eu não quero!
- Mate-o! Mate-o! Defenda a sua honra!
- Que honra, meu cupincha?
- Jogue isso e acabe a história!
- E se eu simplesmente não quiser?
- Querer e poder não influenciam aqui.
- Quem disse que aqui você manda?

- E se não for, que diferença faz? Desiste de jogar?
- Nem de viver.
- Pelo menos o seu relógio está em contagem regressiva.
- E agora?
- Agora você perde.


Cheque-mate.


2 comentários:

  1. Gosto desse teu processo de criar.
    Gosto do jogo das palavras.
    Da forma com que teu jogo nos chega e assim se dá o cheque mate que teus versos.

    Beijos,

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  2. As palavras são um jogo.
    Não tão simples.
    Cada letra é uma jogada.
    O final é a vitória, que poucos notam.

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