Pega a cadeira e senta. Escuta minha história sem glória alguma. Se antes contra a multidão eu nadava, hoje me aproximo dela, tornando-me o bestunto que combati outrora. Quem dera poder falar de vitórias, mas acumulo no peito uma série de malogros e revoluções perdidas. A flâmula apagou-se. E o deserto roubou a água doce que nunca mais bebi.
Se antes eu falava nunca, hoje não falo, só escuto. Acompanho o assobio perdido do vento, sem intento a perseguir.
Quero voltar a sentir o brio e o furor que me faziam sorrir. Digladiar sem o medo da morte. Perder-me nas lembranças dos eternos amanhãs que anoiteceram no meu último penar.
Se antes eu falava nunca, hoje não falo, só escuto. Acompanho o assobio perdido do vento, sem intento a perseguir.
Quero voltar a sentir o brio e o furor que me faziam sorrir. Digladiar sem o medo da morte. Perder-me nas lembranças dos eternos amanhãs que anoiteceram no meu último penar.
O nunca como o sempre não são verdades, sabe, Vandré.O sempre é nunca e opostamente, nunca é sempre o que não buscamos no agora.
ResponderExcluirBelo porém melancólico texto.
Fica bem.
E a valsa continua a tocar sem que ninguém ouse dançar...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Mai!
Um beijo!