segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Adios

Adeus você.
Deixo a bagagem, pois não necessito mais dela.
Aqui perdi o gozo de viver.
E não vejo mais o pôr-do-sol de minha janela.
Esses prédios cinzas.
Esse céu que ameaça chover
e nunca chove.
Olhe para as plantações, esturricadas.
Somente neste local, o calor tem forma.
E não é calor daqueles que fazem aquecer um coração.

Adeus você.
E a todos os outros.
Diga que deixei lembranças.
As minhas, vou procurar em outro local.
Provavelmente perdi no caminho.
Não retornarei.

5 comentários:

  1. Lindo mesmo!

    Seus versos chacoalham, e também adoçam.

    Adorei!

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  2. Logo penso que deve ser a mudança para Fortaleza. Belo poema. Gostei muito de visitar esse espaço. Abraço

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  3. O "adeus" é uma palavra muito definitiva, não achas?

    Beijos sem adeus!

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  4. um dia eu também escrevi um "adios":
    http://dansesurlamerde.blogspot.com/2008/01/adios.html

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