terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Escrita

Escrever é deixar de sofrer,
nem que seja por um instante.
É pôr a música para tocar na vitrola.
Um tango, dois tangos a sós.
Não há conforto, nem consolo maior,
do que deitar a pena num pedaço de papel.
Esperar letras com sabor de nuvens do céu.
Nunca poderei tocá-las, mas tento.
Eis o sustento de um ser dependente de palavras.
O abismo está à frente,
mas o louco renitente só pensa em voar.

9 comentários:

  1. E tem algo melhor, que voar em meio a esse abismo de sentimentos?
    Concordo com esse louco, pulemos juntos!

    Beijo, Márcio!

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  2. É isso mesmo. A gente coloca a dor no papel e parece que fica menos dor no peito, pelo menos por um tempo.

    Escrever é sentir pra fora.

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  3. palavras são meu refúgio, meu mundo paralelo...fico feliz por tê-las como amigas!

    ;)


    beijos

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  4. O sofrimento é um pranto que derramamos no papel ou na tela que nos vê... grande abs meu caro!!!

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  5. Marília!
    Não há algo melhor!
    Quem dera eu pudesse voar o tempo inteiro!

    Natália!
    Isso é uma verdade incontestável. Escrever liberta! :)
    E obrigado pelo elogio!
    Um grande beijo!

    Hosana!
    Nosso refúgio!
    Um beijão!

    Rod!
    E engolimos ele sem sal algum.
    Um abraço!

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  6. Bem dito.
    Escrever é expandir, é ser além.
    Realmente, é um alívio, um refúgio.
    Não há melhor companhia que a pena e o papel, nem melhor presença do que a das palavras.
    Muito bem dito.

    =*

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  7. Eu também escrevo pra sofrer menos. :P

    "Eis o sustento de um ser dependente de palavras". Um homem está seguro quando só sustentado pelas pelavras?

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  8. Escrever é um consolo. É a conversa entre eu e eu mesmo.
    abs

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