quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Fim

As sombras contaram segredos, mas ninguém ouviu. Quiçá as árvores, muito embora tenham estas permanecido caladas, a não ser pelo tilintar das folhas causado pelo vento.

Era o guerreiro e sua sina. Fim da guerra. Sonhos ao léu. Espadas e flechas ao chão.

Não havia motivo. Nem antes houvera. O mar de sangue varrera o campo, pela última vez.

Era entardecer, quando este gravou o nome na pedra que seria sua lápide. Voaram rosas, às vezes vermelhas.

Imperou mais uma vez o silêncio, interrompido por uma certa sinfonia de grilos. Vagalumes. Depois mais nada.

Nem a lua brilhou esse dia.

3 comentários:

  1. Um guerreiro sem guerra, seria um guerreiro sem glórias?

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  2. Seria um guerreiro infeliz.
    Quem sabe... :)
    Um beijo, Luna!

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  3. Que sejam as frágeis luzes dos vagalumes, que sejam, há um piscar de luzes no escuro.

    Abraços,

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