quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mercador

Que trazes?
- Um pote.
Qual é o valor?
- Incomensurável.
O que contém?
- A morte.
Lhe pago vinte contos!
- Não é um preço digno.
O que preciso então para tê-la?
- Estar vivo.
Mas me tem como exânime?
- Certamente não.
Então me dê esse pote, homem!
- Se esse é o seu desejo...

Depois o barro encontrou o chão.
Afora o silêncio de alguns passos, nada mais foi ouvido.

7 comentários:

  1. Boas coisas para se ler por aqui.

    Algo que se destaca no comum costumeiro dos blogs.

    Um abraço.

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  2. quem procura a compra, mesmo ao alto preço, um dia ver seu desejo em face viva... abs meu caro.

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  3. Dauri, meu muito obrigado pela visita.
    Esteja sempre a vontade para retornar.
    Valeu!

    Laís!
    Você é de casa!
    Um beijo!

    Rod!
    Certamente!
    Quem procura sempre acha.
    É clichê, mas é a mais pura verdade.
    Abraço!

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  4. "Já viste, numa tarde de Outono, cair as folhas mortas? Assim caem todos os dias as almas na eternidade. Um dia, a folha caída serás tu." (Josemaria Escrivá)

    Não me canso de dizer, a morte é a única certeza que temos na vida!
    Beijo grande, Márcio!!

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  5. A morte é certa!
    O modo como a encaramos é que faz toda a diferença.

    beijinhos
    =)

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  6. O mais engraçado é como algumas pessoas procuram o errado.
    E acabam encontrando.
    Gostei demais.
    abs Márcio

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