quinta-feira, 15 de abril de 2010

Feuer

Por que ter raiva, perguntei. À minha volta, o silêncio extremo de uma não resposta. Já tomado pela fúria, meu corpo liberava intensas chamas, capazes, quem sabe, de queimar cidades inteiras.
O cérebro não funcionava, a mão tremia, como se eu fosse um louco.
Mate, é o que me falava a consciência.
Morte, eu respondia.
Labaredas ascendiam, quase atingindo a plenitude do céu.

7 comentários:

  1. Muito quente em poeta???
    Momento de abismo que todos temos,
    o modo de agir nessas horas também nos difere uns dos outros.
    Um abraço!

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  2. Demais esse texto!

    Sempre bom ler-te, moço.

    Abraço!

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  3. É sempre bom botar toda a raiva pra fora e depois retornar à doçura de sempre!

    Já sabes que gostei, né?
    Um beijo!

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  4. Forte. Muito forte. Mas não mate, além da dor. E da sede.

    Beijoca

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  5. Sobre a reiva eu sempre penso que é bom sabê-la, conhecê-la e domá-la para que ela não nos queime.

    Muito bom!
    bjo e bom final de semana

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  6. Quando nos deixamos levar pelo ódio e pelo rancor somos dominados por forças destrutivas que nos adoecem para sempre se algo não for feito para reverter esse quadro.

    Deixei de lado o lado poético do que escreveu para falar sobre sentimentos ruins.

    abs Márcio

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  7. O instinto,a vontade, o desejo. A consciência e o pesar. É difícil lutar contra algo cujas consequências serão visitas frequentes em nossa vida.

    Lindo texto.

    Um beijo

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