terça-feira, 1 de março de 2011

Ligação

A xícara de chá está esfriando. O tempo vai passando e esse encontro marcado tem gosto de amargura. Como fui me iludir por causa de um telefonema? Eu, que julgara sempre que não valeria mais a pena, cedi. Eu lembro dos cabelos dela. Do olhar que parava o mundo. Lembro das estrelas e suas tonalidades multiplicadas. Agora, o nada. Buraco negro. Existência pífia. O amor é um pote oco. O coração bate só para ver o sofrimento se apoderar dos meus ossos.

2 comentários:

  1. O seu texto tem muita poesia. Ele é um olhar intenso pra dentro da alma que o espia.

    Bravo

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  2. [ Amor, meu caro.
    Inflama...
    Incendeia...
    Acelera o pulsar.
    E como queira,
    Nos entorpece.
    Enlouquece.
    Absorve.
    E com tudo,
    Torna-se chama
    Embalada pelo sangue
    Que percorre nossas
    Veias. ]

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