Ruge o leão.
Começa a caça.
Abruptamente acordo
e fujo.
De longe, ouço passos.
Mantendo essa constância, viro presa fácil.
De modo que agora nem pisco mais,
Só corro.
Enjaulo-me na tensão que transmito.
O corpo almeja ficar hirto.
Paro e penso.
É a floresta ou a cidade?
Cheia de bichos.
Bicho-homem.
Carniceiro.
Há silêncio
no meio das buzinas e sonidos de frenagem.
O vermelho do sinal
é o mesmo do sangue que espalha na esquina.
Um outro ser vencido.
E agora a chuva,
que lava e esconde a morte.
Qeu forma de entregar a vida.
A bala, inimiga, se aproxima,
enquanto eu assopro a água,
querendo criar bolas de sabão.
Quem sabe muito tarde,
tarde demais.
O meu destino é o chão,
impávido.
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