quarta-feira, 1 de abril de 2009

Devorador

Caiu algum sentimento no chão.

Saio da toca farejando o intento.
Olho e caminho, sedento.
Não há um só passo, não há um respiro.
Este terreno vazio, sem vento.

Deixei de pensar, guio-me pelo instinto.
A sombra do animal cresce,
tão soturna e silenciosa como o pensamento.

Tem cheiro de morango esta gota que me atrai.
Amarga ou doce, talvez até desenxabida.

Devoro.
Quiçá seja angústia novamente,
com a experiência que tenho, acho provável.

Satisfeito,
devo esconder-me no escuro particular.
Aguardar algo novo.

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