- Não tem pena, carrasco?
- Cortará mesmo a cabeça desse homem fraco para depois dormir com cheiro de sangue nas mãos?
- Eu sei que privilegia o silêncio e prefere obedecer do que pensar, mas eis que eu, sua consciência, resolvi chegar para condenar este rumo que tomou.
- Todo caminho tem volta. Todo machado que vai retorna. Provavelmente menos afiado, justamente por ter cortado alguma coisa.
- Não precisa condenar nem julgar ninguém! Não se sinta prepotente só porque é aclamado. Com a máscara que carrega ninguém o reconhece.
- Sua identidade é a falta de identidade. Não existe referência e nem nome. Uma incógnita infame. Depois da morte sua fama acaba. E sem máscara, o ostracismo ataca.
- É o momento que usa suas horas para se questionar, se tornando mais bestunto e cego pelos momentos de glória instantânea...
Mata! - Grita a multidão.
- Vê, para eles você faz parte da diversão. É só um elemento do espetáculo. Não o todo...
Desencorajado, o carrasco verte os olhos em lágrimas e arranca a fantasia. A platéia emudece, o espelho se quebra. O rei acomodado em seu trono nem pisca.
Depois do silêncio, um grito.
O sangue que corre é real e azul, absoluto.
Busca o pútrido esgoto.
Onde habitam os ratos que cometem calúnias.
No meio da poça da água da chuva que cai,
urra um homem,
mas ninguém o entende.
É um homem ou um animal?
- Cortará mesmo a cabeça desse homem fraco para depois dormir com cheiro de sangue nas mãos?
- Eu sei que privilegia o silêncio e prefere obedecer do que pensar, mas eis que eu, sua consciência, resolvi chegar para condenar este rumo que tomou.
- Todo caminho tem volta. Todo machado que vai retorna. Provavelmente menos afiado, justamente por ter cortado alguma coisa.
- Não precisa condenar nem julgar ninguém! Não se sinta prepotente só porque é aclamado. Com a máscara que carrega ninguém o reconhece.
- Sua identidade é a falta de identidade. Não existe referência e nem nome. Uma incógnita infame. Depois da morte sua fama acaba. E sem máscara, o ostracismo ataca.
- É o momento que usa suas horas para se questionar, se tornando mais bestunto e cego pelos momentos de glória instantânea...
Mata! - Grita a multidão.
- Vê, para eles você faz parte da diversão. É só um elemento do espetáculo. Não o todo...
Desencorajado, o carrasco verte os olhos em lágrimas e arranca a fantasia. A platéia emudece, o espelho se quebra. O rei acomodado em seu trono nem pisca.
Depois do silêncio, um grito.
O sangue que corre é real e azul, absoluto.
Busca o pútrido esgoto.
Onde habitam os ratos que cometem calúnias.
No meio da poça da água da chuva que cai,
urra um homem,
mas ninguém o entende.
É um homem ou um animal?
'Com a máscara que carrega ninguém o reconhece.'
ResponderExcluirmas a consciência é a única que vê através dela.
e o carrasco?
O carrasco pode ser o homem que chora, não? :)
ResponderExcluirsim... mas algo acontece depois de ele chorar?
ResponderExcluirquero saber o que acontece ao carrasco após o ultimo ato.