segunda-feira, 11 de maio de 2009

O reino

Pega a cadeira e senta. Escuta a história que tenho para contar.
É sobre um reino desonesto e febril, que se perde nas noites sem lua e não se acha. Alguns falam que não falam, outros simplesmente se calam, e o rei tirano, com imensa fúria, comete diversos atos de loucura em nome do que ele nem lembra mais.
Os olhos são silenciados por um assobio, a respiração é um martírio devido ao ar conspurcado e carregado de penúria.

Mas que reino é esse, que até as nuvens mais escuras se afastam?
Reino que possui labirintos nefastos e incongruentes.
Afinal, qual o labirinto não o é?

Eis que surge um homem taciturno que se arma com uma faca, e trama um estratagema.
Derrubar o rei e o seu séquito, sem pena.
Limpar as ruas da cidade de forma plena.

O ato de um inspira multidão.
E o cotejo inicia como um grande furacão.

Deixem os ratos no esgoto.
O sangue negro que empesta as ruas escorre em direção aos bueiros.
Corpos caem e não se levantam.
Lanças vão e não voltam.
Espadas cortam.

E a poeira baixa.
O ulular bravio de um fantasma.
Levantam-se inúmeras almas penadas.
A terra cede.
Condenando ao lugar mais fundo esta corja inteira.
Seja herói ou vilão.
A cidade era a maldição.

5 comentários:

  1. Oi, Vandré.
    Vim deixar minhas desculpas por ontem.
    Mas, sinceramente, não houve qualquer seleção vip.
    Na verdade eu tive um sério problema que já conseguí resolver.

    Eu li teu texto e poderia destacar muitas coisas importantes. Todas referem-se à moral, o bem, o mal, Poder, contra poder e o ressentimento que perpetua a dor e o domínio.

    Mas volto depois para comentar.
    Só queria te agradecer e, mais uma vez, pedir desculpas.

    Abraços,

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  2. Conheci seu blog através do blog da Mai, e gostei muito. Um poema muito bem elaborado esse.

    Depois me visite também.

    Um grande abraço,
    Átila Siqueira.

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  3. Primeiramente, Mai.
    Tudo bem.
    Problemas ocorrem, mas ainda bem que conseguiu resolvê-los.

    Espero seu comentário então.
    Obrigado pela atenção


    Agora Átila, agradeço a visita.
    O poema na verdade surgiu de um ataque de falta de criatividade. Hehe.
    Sempre que uso o nome do blog a criatividade está de folga.

    Fico realmente satisfeito pelo seu comentário.
    Um abraço e espere que volte!

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  4. acho que conheço bem esse reino..
    mas vou continuar lendo a série, só pra ter certeza.

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