sexta-feira, 1 de maio de 2009

Alquimista

Eu manejo fórmulas e frascos.
Crio cores e sons fantásticos.
Rio sabores inefáveis.

Às vezes fico a pensar e me distraio.
Explodo um quarto.
Mato um rato,
tal como se fosse um final de um ato, que platéia nenhuma presencia.

Qual será a pretensão de amanhã?

Acho que criarei algumas moedas de ouro...

...de tolo.

E esperarei a ambiçao humana na janela,
como tigre na tocaia.

Para assim trovejar um esgar ao esperado e renitente ato da cobiça.

A poça é a cama.
É a lama.
É o berço.

É o desejo que nos afoga e mata.
E silencia.

Eu não posso reviver ninguém.

2 comentários:

  1. é..
    tem milagres que os alquimistas não são capazes de criar.
    brinde!
    você escreve divinamente, ô..
    se perdendo na blogosfera.

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  2. Hehehe.
    Muito obrigado!
    O meu interesse maior é divagar todo dia mesmo.
    Mas qual lugar eu poderia me achar?
    ;)
    Heheh!
    Um beijo!

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