domingo, 12 de setembro de 2010

Die Sonne, Der Mond

O meu amor é real.
Transcende a barreira que separa nossos dois mundos.
Se você vive cercada de estrelas,
eu só tenho nuvens.

E mesmo que falem que o meu brilho é sempiterno,
talvez o mais seria se fôssemos um só.
Pelo que ouço, você está sempre vibrante.
Eu queria ter o poder do seu sorrir.
Mas sou cheio, vociferante.
A brasa que nunca apaga com o vento.

O fogo é meu.
O gelo é seu.
Busco o nosso meio termo.
Algo perto do entardecer.
Antes do céu desvanecer.

Separados pelo dia e a noite.
Pretendo dançar uma valsa em qualquer eclipse.
Não me contento só com o bailar inconstante dos dias.
Aceitar sua distância, para mim seria a morte.

10 comentários:

  1. Márcio,
    Nuvens e estrelas, e um telhado sem zinco...
    Bom passear-me aqui sempre, poeta...

    Abraço das montanhas de Minas,
    Pedro Ramúcio.

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  2. Meu Deus,
    Que lindo. Um dos que mais gostei até agora, de verdade.
    Nunca um poema me tocou tanto.
    Amei. Lindo.
    Beijos carinhosos,
    Saudades

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  3. É bonito o modo como abre essa janela da alma.

    Dela dá pra ver o mundo...


    Te abraço com amor.

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  4. Meio sem nexo eu comentar aqui. HUEIOEHEUI. Peço até desculpas. É que você olhou meu orkut e eu acabei lendo seu blog. Parabéns, escreve muito bem. :O

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  5. Talvez você, melhor do que ninguém, saiba como transcender a barreira entre o concreto e o abstrato e atingir em cheio a alma!
    Palavras certeiras, carregadas de sentimentos são como flechas direto ao coração...

    Lindo, lindo!!!
    Beijo, Márcio!!!

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  6. Eu vim pra comentar lá no "Wolf".
    Voltei pra esse.
    Chamou tanto minha atencão!
    Um beijo

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