terça-feira, 10 de março de 2009

Rastro

Estou na janela.
Escondido no escuro.
Pensando em não sei o quê.

A criatividade partiu hoje.
Quem sabe amanhã volte mais afiada,
mais consistente e aplicada.
Mais sensata.

Eu preciso cortar a podridão da carne todo dia.
Preciso da minha dose de alegria,
mesmo com a noite fria.

Neste ponto do mundo, observo o mundo enquanto divago.
Sou uma parte do todo.
Do nada.

As pessoas cruzam as ruas, apressadas.
Que escondem?
Que amargura trazem?
Que rastro deixam?

Nunca os vejo voltar pelo mesmo lugar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário