segunda-feira, 3 de maio de 2010

Rio

Daí-me cá o óbolo e te sentas.
Terás passagem pelos tempos a bordo da pequena canoa que chega ao longe.
Espere, agora.
O rio é lento, porque embaixo dele passam almas que atrasam o nosso intento com o tormento que pulsa em seus corações.
Mas não treme, guerreiros não temem quando em busca da paz.

5 comentários:

  1. Guerreiros não temem.
    Muito bom poeta !!!

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  2. Várias vezes anseio por um barco a motor.

    Beijo.

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  3. Guerrear pela paz é necessário sempre, mesmo em rio lento! Bela reflexão poética!

    Abraços!

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  4. "E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
    Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
    Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
    Pagã triste e com flores no regaço."
    Ricardo Reis

    Márcio!
    As imagens, as quais te falei e que me vieram à mente , eram do poema acima (Vem sentar-te comigo, Lídia) que por sinal é de belíssima feitura!
    Isso tudo, só para constatar que quando te elogio, tenho fundamento!

    Te enviarei por email o poema para que dê uma lida, se bem que acho que já deves conhecê-lo!

    Grande beijo!

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  5. Temos que ter muita paciência. Na minha canoa não cabemmais tantos sonhos, ela já está muito pesada.Quanto mais pesada, mais devagar ela anda, como se não bastasse o rio da vida ser lento, lentinho..
    um beijo!

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