terça-feira, 19 de outubro de 2010

Apocalipse

Escrevi meu testamento enquanto a guerrilha era anunciada no rádio. Um sujeito calmo como uma bomba ameaçava pular do edifício mais alto. Testei o microfone e subi no telhado. Vi vários corpos dormindo no fogo nada acalentador. Anunciei o fim. Ali eu renasci, mas não para o bem. Renasci fantasma.
As vozes das Marias ecoaram. Uma voz de quem não deveria ter voz. O diabo aguarda bem na porta do novo milênio. Cairão cinzas na primavera. A guerra começara com um simples respirar intranquilo.

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