quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dadaísmo mental

O metal é o óbolo.
O caminho é o concreto das escadas.
O disparo almeja o sol,
assim como as asas buscam o céu.

O repouso é a nuvem.
E a cesta está vazia de estrelas.
E a besta uiva para a lua.
O relógio continua caminhando, mas as horas passam trôpegas.

Há uma carta piegas no chão.
Um amor em vão se martiriza em algum telhado sublime.
E eu, bem, e eu...
...atiro pedras contra uma vitrine...
Sem reflexos, máxime.
O corpo morto não se exime do passado tenebroso.

Há no rio um verde-claro que no outro dia era um esmerado azul.


Um comentário:

  1. Enquanto o relógio caminha num tique-tac descompassado, a vitrine do peito esboça saudades recheadas de estrelas.

    Bom final de semana!!
    beijocas

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