segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Escárnio

Silêncio.
O tenor vai entrar na sala.
Impávido como todos os outros que aqui passaram.
E a pança descomunal balouça, como se ela que estivesse para entoar o cântico.
Os olhares da platéia aguardam o momento.
O refletor apaga.

O apresentador anuncia gritando logo em seguida que faltou luz.

2 comentários:

  1. O escárnio está sempre rondando, mesmo a sério, sempre enxergamos as coisa com um pontinha de escárnio.

    Você não poderia doar-me um pouquinho da sua criatividade?
    Ótimo texto!
    Um beijo!

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  2. Sim, até porque acho melhor encarar as coisas com um tom de ironia.

    Está doada.
    Assinei o termo, inclusive.
    :)
    Um beijo, Marília.
    Obrigado!

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