sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Divagar não é preciso

Eu queria o universo.
Mas o fragmento não pode se sobrepor à matéria.
Tenho de me acostumar a observar as estrelas assim de longe.
Paciente, como um monge.
Uma hora ou outra, chegará o brilho cadente.
Mão carregada de embevecedor resplandecer.

Eu só sou deus do meu mundo.

6 comentários:

  1. Espero que você force os músculos dos dedos até que eles sejam resetados do corpo. Mas que não desista nunca de carregar no peito o brilho dessa estrela matutina.

    Você pode até falhar, fragilizar, errar.

    Mas desistir, não.

    Isso, nunca.

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  2. MUITO BOM!

    "...mas o fragmento não pode se sobrepor à matéria"

    Um "divagar" filosófico!

    Abraços

    Mirze

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  3. pois é isso: cada um é deus do próprio mundo. Muito bonito o poema, Márcio

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. O meu mal é achar que sou deusa de todos os mundos.

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  6. Que bom, alguns são só coadjuvantes do próprio mundo!

    Lindo tudo aqui, meu amigo.

    Beijo.

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