terça-feira, 5 de outubro de 2010

Poeta IV

O Poeta é um mistério.
Um ser atrás de uma máscara de si mesmo.
Se sorri ou se chora, ninguém sabe ao certo.
Sabe-se que se aboleta na cadeira e com a caneta vai para outro mundo.
Quiçá distante ou mesmo do lado de fora da janela.

Poeta.
O que se espera?
Uma flecha e um ponto.
Um romantismo que não degenera.

Mas se augusto um dia é. No outro se desespera.
E por essas linhas tortas conta a vida, tão pobre vida, respirando desmedidas promessas, cuspindo caroços de sentimento que plantados nascerão em outros tempos.
Futuro que não espera.
Porque o trem há de partir.
Assim como os corações.

6 comentários:

  1. E nas letras seguimos buscando sempre puxar o silêncio pra fora.

    Beijos pra Ti

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  2. Lindo texto, cheio de poesia, romantismo, amargura!

    Obrigada, respondi ao seu texto lá no blog!

    Um enorme beijo, Márcio!

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  3. "cuspindo caroços de sentimento que plantados nascerão em outros tempos."

    Bem isso mesmo! =)

    Beijo.

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  4. Ficou lindo mesmo. Vamos continuar contando a vida, até quando der...

    Abraço!

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  5. Poeta não é humano. Vai muito além...muito mais além.

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