quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ouro de Tolo

A névoa subiu.
O circo recolheu a lona.
Partiria em caravana por longos dias.
Doces ciganas bailavam e jogavam flores.
Pobres coitados daqueles que por elas se perdiam de amores.

Há um acre no ar.
E não é o molhado da terra.
E nem o ocre pintado nas paredes do mundo.
Aliás, as nuvens parecem feitas de isopor imundo.
E a água tem gosto doce deletério.

E há quem diga que o cérebro humano não anda estéril.
A pedra oca.
A coragem, pouca.
Pretensões enterradas que nunca poderão brotar.

2 comentários:

  1. Um começo livre e um fim prisioneiro.

    És o ouro inexistente.

    Temos de saber buscar o pote de ouro verdadeiro.

    Daniel
    abss

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  2. triste. parece que anda tudo tão pesado por esse mundo.

    beijo, amigo.

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