quarta-feira, 28 de julho de 2010

Descanso

Por que me cospem o rosto e passam sem mudar o semblante torto?
Se eu pudesse, lhes quebrava as máscaras.
Pintando o afago no lugar de um sorriso falso.
Eu sou palhaço sim.
Vivo num circo infinito, onde também sou leão e presa.
O meu nariz é vermelho.
O sangue escarlate, quiçá vibrante.
Eu poderia ser mais um tonitruante,
mas prefiro beber da candura.
O mau me ronda.
Eu o desafio.
Eis que a ciranda começa.
Apaziguo.

2 comentários:

  1. Mesmo neste torpor quase terminal o 'ser' palhaço usa o ato tolo para propagar verdades na grande roda da vida.

    Abs amigo!

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  2. "prefiro beber da candura..."

    Quisera eu que todos optassem por beber um gole que seja de candura, talvez mudaria esse caos que está o Mundo.

    Quanto as máscaras... a vida se encarrega de quebrá-las, na hora mais oportuna.

    Beijos!

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