sábado, 17 de julho de 2010

Futuro

Coube a mim fechar esta última lâmpada. É de lá do centro da cidade, onde ninguém mais anda. Passam dias e as portas cada vez mais trancadas. O medo ronda, enquanto olhos apavoram-se na varanda. Desde então, aquele é o único recanto que não chega a escuridão. Amanhã não será mais. E o verde que floresce, dará lutar à fruta que envelhece, apodrecendo de vez o que entendíamos como amanhecer.

2 comentários:

  1. Necessário para o ciclo continuo de nossas vidas entre perdas e ganhos
    Boa vida poeta!!

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  2. Lembrei-me especificamente do centro de fortaleza, onde os olhos apavoram-se na varanda...

    admiro suas poucas palavras, poeta.

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