terça-feira, 13 de julho de 2010

Gigante

Amarga o peito.
E o crepúsculo já não é mais tão belo.
Nem o sol é tão vibrante.
O vento não sopra mais, só grita.
Macabro como em outros tempos.

Não há luz no fundo do poço.
Existem fantasma do passado.
Martírios que se escancaram
e roubam meu sangue num conta-gotas.
Eu assisto tudo, como se tivesse morfina em minhas veias.

O delírio agora é pó.
Os vulcões em erupção.
Nuvens negras, nenhuma paixão.
Tonituantres trovões apavoram.
Vejo as coisas sentado da minha janela.
Hoje mesmo mataram um gigante.

2 comentários:

  1. Faca com que teus fantasmas deixem de ser fantasmas.
    Ou abdique de seu dom mediunico. Viva a realidade!

    Adoro voce. Beijos!

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  2. O que vejo de comum em textos como esse, com um ar melancólico, são os comentários.

    Geralmente são aconselhamentos para sairmos de tal situação. Uma mensagem de conforto, de empatia.

    As vezes não se trata de nós.
    As vezes melancolia não é ruim.
    as vezes o importante é só (des)escrever.

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