quinta-feira, 25 de março de 2010

Apocalipse

O cristo caiu,
a casa partiu,
milhares de mundos,
pó do espaço,
descompasso,
voltas e voltas do relógio.

Escutem bem a profecia,
a água deixará de ser fria,
deixando o enregelo para os corações humanos,
ávidos pela conspurcação da alma,
secos pelo sangue que se acumula e escorre das latrinas,
há muito tempo sujas...

Do alto, ouvirão as momices,
garatujas ressabiadas passarão no céu,
que ficará escuro como se noite fosse.
Não haverá lua, nem românticos sentados aos bancos,
uivos de lobos velhos,
histórias não contadas até o fim.
Poesias infinitas, sem qualquer sentido.

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