quarta-feira, 3 de março de 2010

ImaginAR

Sempre pensei que guardava o infinito nas mãos. Outrora, tive dúvida e as abri esperando algo. Não havia nada. Naquela hora passou uma cigana já bem velha e ranzinza, que disse que eu precisava ter imaginação. Eu falei que tinha. Ela continuou andando a passos lentos até desaparecer por completo na escuridão.
Desde então venho treinando. Abro as mãos e saem pássaros, vagalumes. Já há uma floresta, meu recanto, em minha volta. Acho que já vou puxar a nuvem para me aboletar. Não, não vou fazer chover.

3 comentários:

  1. me ensina? minhas mãos andam tão secas...

    lindo.

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  2. Vc é um encanto.

    Adorei suas fotos novas no orkut.

    Beijo.

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  3. Às vezes, quando tentamos controlar as coisas para que elas não mudem, nos perdemos por acabar em uma rotina, que nada mais é do que uma falsa ilusão de que com o controle em nossas mãos estamos totalmente seguros.

    Mas não é assim que se cresce.

    Temos de ser livres e não ter medo de ser livre e deixar as coisas livres. Cada um com sua natureza.

    Que bom que voltou.
    abs Márcio

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